Summary: | NESTE ARTIGO retoma-se o debate a respeito de uma interpretação marxista ou de uma interpretação religiosa da filosofia de Walter Benjamin e propõe-se substituir essa alternativa por uma compreensão mais fina do papel da teologia nesse pensamento. A análise de alguns textos-chave de Benjamin (em particular Sobre o conceito de história e o Fragmento teológico-político) permite interpretar a dimensão teológica como a recordação da incompletude e, simultaneamente, da pluralidade semântica da linguagem humana. Assim, o paradigma teológico introduz a uma teoria da textualidade e da leitura do mundo profano, em oposição a um paradigma religioso que tenta reverter o desencantamento do mundo.
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