Summary: | A educação e a saúde foram consideradas as molas propulsoras do progresso e inseridas numa
proposta mais ampla de redimir a nação e consolidar a República nas primeiras décadas do século
XX. Objetiva-se neste artigo discutir as políticas de saúde e higiene no espaço escolar, neste período,
no Paraná. A escola passou a ser concebida como o centro irradiador das mudanças dos hábitos da
população. As fontes de pesquisa são: a Revista O Ensino (1920-1924), os Relatórios de Governo
(1920-1924), que trazem os registros dos discursos dos médicos e das autoridades, sobre a educação
e saúde, para os professores nas escolas do Paraná. O aporte teórico da História Cultural no diálogo
teórico com Foucault (2002), Chartier (1990), Vidal (2005) orienta a análise do corpus documental. O
discurso médico escolar delineava as práticas para proteger e cuidar dos alunos das escolas
primárias, estabelecendo nova conformação para o espaço escolar. A missão do professor passou a
ser a de auxiliar a estas práticas no seu fazer pedagógico e os ditames da higiene eram enunciados
como verdades validadas para todos. No período em análise, a atenção e vigilância dos professores
estavam em fiscalizar, examinar e ensinar os cuidados pessoais, a higiene, a alimentação, debelar e
prevenir os vícios e ensinar o amor ao trabalho.
|