Summary: | Este artigo propõe-se a realizar uma análise sociológica de cunho weberiano a respeito da relação existente entre o processo de racionalização e secularização da morte e as mudanças estéticas na morfologia tumular, em que percebe-se muito mais seu caráter utilitário do que sacral. Nesse sentido a pesquisa lança seu olhar nos processos sociais envolvidos nessa situação, procurando identificar que tais variações no cenário cemiterial refletem também uma relação com o processo de mudanças significativas na sociedade, a qual se vê diante de “facilidades modernas” que poupam os enlutados de manter contato direto com seus entes recém falecidos, proporcionando uma realidade na qual se mantém uma espécie de mercado da morte que sobrevive e de certa maneira contribui para uma nova significação das práticas funerárias, no qual sua dimensão religiosa cede lugar aos processos racionalizados no trato com a morte.
|