Da Ruptura ao Acontecimento: Bachelard, Canguilhem e Foucault
Este artigo tem por objetivo propor uma problematização da concepção de acontecimento tal como é pensada, em seus contornos gerais, na filosofia francesa contemporânea e, mais especificamente, pela história da ciência. Nosso enfoque será a compreensão das abordagens de Gaston Bachelard, Georges Cang...
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Language: | Portuguese |
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Sociedade Hegel Brasileira
2017-02-01
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Series: | Revista Opinião Filosófica |
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doaj-53bfeac3a6c04eb1a42349f9f9ebadbd2020-11-24T22:19:19ZporSociedade Hegel BrasileiraRevista Opinião Filosófica2178-11762017-02-0162673Da Ruptura ao Acontecimento: Bachelard, Canguilhem e FoucaultGabriela Menezes JaquetEste artigo tem por objetivo propor uma problematização da concepção de acontecimento tal como é pensada, em seus contornos gerais, na filosofia francesa contemporânea e, mais especificamente, pela história da ciência. Nosso enfoque será a compreensão das abordagens de Gaston Bachelard, Georges Canguilhem e Michel Foucault principalmente no que tange às noções de ruptura epistemológica e de ideologia científica em sua articulação com as características do acontecimento pensado por Foucault, partimos, portanto, de concepções de história que, apesar das concordâncias, também acabam por se diferenciar: uma, a história descontinuísta das rupturas epistemológicas, outra, a história arqueológica dos acontecimentos. Para explicarmos a diferença deste nível acontecimental, será necessário compreendermos a visada singular de Foucault em relação à ciência, que é questionada (e criticada) de forma a atentar para outro nível: o do saber que aqui exploraremos a partir do conceito de limiar. Igualmente quanto ao estatuto de científico, abordaremos o posicionamento crítico de Canguilhem em relação à Bachelard sobre os desdobramentos de uma razão pensada historicamente, através de sua história dos conceitos. Tendo em vista estas considerações poderemos compreender não só a especificidade do trabalho de cada um destes autores, mas visualizar o que a categoria de acontecimento pôde, via Foucault, trazer de novo para a história da ciência.http://periodico.abavaresco.com.br/index.php/opiniaofilosofica/article/view/673 |
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Este artigo tem por objetivo propor uma problematização da concepção de acontecimento tal como é pensada, em seus contornos gerais, na filosofia francesa contemporânea e, mais especificamente, pela história da ciência. Nosso enfoque será a compreensão das abordagens de Gaston Bachelard, Georges Canguilhem e Michel Foucault principalmente no que tange às noções de ruptura epistemológica e de ideologia científica em sua articulação com as características do acontecimento pensado por Foucault, partimos, portanto, de concepções de história que, apesar das concordâncias, também acabam por se diferenciar: uma, a história descontinuísta das rupturas epistemológicas, outra, a história arqueológica dos acontecimentos. Para explicarmos a diferença deste nível acontecimental, será necessário compreendermos a visada singular de Foucault em relação à ciência, que é questionada (e criticada) de forma a atentar para outro nível: o do saber que aqui exploraremos a partir do conceito de limiar. Igualmente quanto ao estatuto de científico, abordaremos o posicionamento crítico de Canguilhem em relação à Bachelard sobre os desdobramentos de uma razão pensada historicamente, através de sua história dos conceitos. Tendo em vista estas considerações poderemos compreender não só a especificidade do trabalho de cada um destes autores, mas visualizar o que a categoria de acontecimento pôde, via Foucault, trazer de novo para a história da ciência. |
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