SISTEMAS AQUÍFEROS DE ORIGEM DE NASCENTES EM LAGOA SANTA E SERRA DO CIPÓ (MG)

A origem das nascentes, suas águas e processos formadores, é um tema ainda pouco discutido nas ciências ambientais. Os processos geomorfológicos que provem a exfiltração da água e criam as nascentes são complexos e dependem essencialmente de aspectos hidrogeológicos, climáticos e humanos. Por esse m...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Miguel Fernandes Felippe, Antônio Pereira Magalhães Jr, Bruno Resende Debien, Lúcia Maria Laboissière de Alencar Auler
Format: Article
Language:English
Published: União da Geomorfologia Brasileira 2015-06-01
Series:Revista Brasileira de Geomorfologia
Subjects:
Online Access:http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/724
Description
Summary:A origem das nascentes, suas águas e processos formadores, é um tema ainda pouco discutido nas ciências ambientais. Os processos geomorfológicos que provem a exfiltração da água e criam as nascentes são complexos e dependem essencialmente de aspectos hidrogeológicos, climáticos e humanos. Por esse motivo, nas pesquisas em geomorfologia, os aquíferos de origem das nascentes vêm sendo tratados de forma errônea, basicamente por identificação em mapeamentos regionais. Com isso, as múltiplas possibilidades de caminhos e processos da água subterrânea são negligenciadas, ocultando a riqueza de características e dinâmicas das nascentes. Esse trabalho identifica os sistemas aquíferos de origem de nascentes em dois diferentes contextos geológico-geomorfológicos: a depressão carbonática do São Francisco e o planalto metassedimentar da Serra do Cipó. Os resultados mostram que apesar da relativa homogeneidade geológica dos mapeamentos regionais, cinco sistemas aquíferos puderam ser identificados, incluindo um de mistura das águas provenientes dos dois grandes contextos hidrogeológicos. Nesses cinco sistemas, oito subsistemas foram separados por diferenças hidrogeoquímicas secundárias. Os dados confirmam a tese da importância das coberturas pedológicas controlando a mineralização da água e apontam para uma complexidade ainda pouco explorada de interação entre água meteórica, superficial, subsuperficial e subterrânea.
ISSN:1519-1540
2236-5664