O problema metodológico em educação sanitária
Em qualquer programa social, de parte de órgãos públicos ou privados, coloca-se a questão de como coordenar as relações agência-clientela, de maneira a harmonizar a política e os objetivos da agência com os interêsses e necessidades da clientela. LITWAK & MEYER, ¹ postularam que essa coordenação...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo
1968-12-01
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Series: | Revista de Saúde Pública |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101968000200008 |
Summary: | Em qualquer programa social, de parte de órgãos públicos ou privados, coloca-se a questão de como coordenar as relações agência-clientela, de maneira a harmonizar a política e os objetivos da agência com os interêsses e necessidades da clientela. LITWAK & MEYER, ¹ postularam que essa coordenação é função da distância social correta entre agência-clientela. Assim, para que os objetivos da agência sejam alcançados, tendo em vista uma «resposta» da clientela, é necessário criar e manter entre ambas uma distância tal que nem venham a se confundir (identificação), nem percam de todo o contacto (isolamento). Essa distância «ideal» seria criada e mantida pela aplicação, discriminada, de uma série de mecanismos de enlace, diferentes em iniciativa, intensidade, perícia e cobertura (perito participante, líder natural, agência local, associação voluntária, mensageiro comum, meios de comunicação social, autoridade formal e função delegada). Assim, conforme a distância social pré-existente (que implica em definir o grau de acôrdo ou desacôrdo entre a agência e a clientela, no tocante a atitudes e valores), os objetivos do programa (que implica em analisar o conteúdo da mensagem a ser levada à clientela, que pode ir de simples informação até a mudança de padrões culturais) e, ainda, as características burocráticas da agência interessada (que devem ser adequadas ao tipo de trabalho a ser realizado, dado às limitações inerentes às diferentes estruturas), poderemos aplicar determinados mecanismos de coordenação, com probabilidades de êxito previstas para os diferentes casos. Acreditamos que a preconizada integração das Ciências Sociais, Educacionais e Administrativas encontra na «teoria de equilíbrio» para coordenação agência-clientela, proposta pelos autores citados, estimulante contribuição para conseguir resultados práticos. Em relação à metodologia da Educação Sanitária, representam os mecanismos de enlace diferentes métodos, cuja escolha, na implementação do componente educativo dos programas de saúde pública, fica bastante facilitada pelos critérios propostos por LITWAK & MEYER ¹.<br>In any public or private social-addressed programme arises the question of how to coordinate agency-client relationships, in order to obtain the best results, in terms of agency's policy and aims and people's interests and needs. Two american sociologists, Litwak and Meyer, of Michigan University, postulate that this coordination is a function of the degree of social distance between agency and clientele. Thus "maximum social control is most likely to occur when coordinating mechanisms develop between bureaucratic organizations and external primary groups that balance their relationships at a middle position of social distance where they are not too intimate and not isolated from one another". These mechanisms are 1) the detached expert approach; 2) the opinion leader approach; 3) the settlement house approach; 4) the voluntary association approach; 5) the common messenger approach; 6) the mass media approach; 7) the formal authority approach and 8) the delegated function approach, all of them with differential power of initiative, intensity, focused expertise and coverage. All the different mechanisms of coordination should be used according to the degree of social distance between agency and clientele, which means that in dealing with external groups the agency must decide whether they are supporting ones (same values of the agency, informed and organized), resistent ones (deviant values and organized), or a mixture tipe (some deviant, some conforming or with the desired values, but not organized or lacks knowledge). The agencies which are to deal with groups must not just select the appropriate mechanisms, but ought to have themselves the desired structure to facilitate the coordination, according to the cases. Besides that, the objectives of their programmes shall be analised, whether they are pure informative-content objectives or culture change-content objectives. We believe that the "balance theory of coordination between bureaucratic organizations and external primary groups", as the authors call it, is an important contribution to the intended integration of the Social Sciences with the Educational and Administrative ones. In the field of Health Education methodology, it gives a more sound criterium to choose the appropriate methods in dealing with people, according to the content of our message and the characteristics of the clientele concerned, without forgeting the bureaucratic structures of our own agencies. |
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ISSN: | 0034-8910 1518-8787 |