Leituras de vida / Vidas de leitura
Os objetivos do artigo prendem-se com a necessidade de identificar as causas do gosto pela leitura, contribuindo para uma estruturação de um modelo de aquisição desse gosto e das variáveis que o enformam. Esta identificação assentou no estudo de casos de leitores portadores de elevados índices de l...
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Asociación Cultural Impossibilia
2019-05-01
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Series: | Impossibilia: Revista Internacional de Estudios Literarios |
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Online Access: | https://ojs.impossibilia.org/index.php/impossibilia/article/view/307 |
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doaj-51da7f2f35f745a2bac40eb973090aac2020-11-25T02:45:47ZengAsociación Cultural ImpossibiliaImpossibilia: Revista Internacional de Estudios Literarios2174-24642019-05-011710.32112/2174.2464.2019.307Leituras de vida / Vidas de leituraVítor Manuel Agostinho de Figueiredo0Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira Os objetivos do artigo prendem-se com a necessidade de identificar as causas do gosto pela leitura, contribuindo para uma estruturação de um modelo de aquisição desse gosto e das variáveis que o enformam. Esta identificação assentou no estudo de casos de leitores portadores de elevados índices de leitura literária, verificados através dos dados disponíveis nas Bibliotecas Municipais dos Concelhos de Vila Franca de Xira e Loures. O artigo baseia-se nos seguintes aspetos essenciais: expectativas de sucesso quanto aos efeitos benéficos da leitura (expectativas de prazer e/ou utilidade); determinismos sociais e culturais; mediadores públicos; mediadores privados; aspetos psicoafectivos; ruturas, viragens ou momentos-chave na história de vida. O autor conclui, baseado nos dados recolhidos nas entrevistas, que o hábito de leitura é o produto de um processo simultâneo e sucessivo de uma pluralidade de estímulos e referências não homogéneas ou necessariamente coerentes, consubstanciado num repertório de esquemas ou disposições híbridas que tenderá a ser acionado de acordo com os contextos de realização. Assim, estão abertas as portas para a reflexão sobre um leitor construído não apenas como expressão de um sentido prático incorporado e posto automaticamente em prática pelas leis da reprodução social, mas como uma memória em ação e construção, onde o indivíduo pode viver a experiência de construir reflexivamente parte do seu próprio destino. Nesta experiência, a leitura – e em particular a leitura de evasão – surge nos depoimentos dos entrevistados como estando inscrita num processo de construção/reconstrução identitária, ou seja, inscrita numa instância necessária ao autodescobrimento do Eu, de outros mundos e outras consciências. https://ojs.impossibilia.org/index.php/impossibilia/article/view/307Histórias de vidaHistórias de leituraDeterminismos sociais e culturaisDisposiçõesPráticas de leituraConstrução e reconstrução identitárias |
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Os objetivos do artigo prendem-se com a necessidade de identificar as causas do gosto pela leitura, contribuindo para uma estruturação de um modelo de aquisição desse gosto e das variáveis que o enformam. Esta identificação assentou no estudo de casos de leitores portadores de elevados índices de leitura literária, verificados através dos dados disponíveis nas Bibliotecas Municipais dos Concelhos de Vila Franca de Xira e Loures. O artigo baseia-se nos seguintes aspetos essenciais: expectativas de sucesso quanto aos efeitos benéficos da leitura (expectativas de prazer e/ou utilidade); determinismos sociais e culturais; mediadores públicos; mediadores privados; aspetos psicoafectivos; ruturas, viragens ou momentos-chave na história de vida. O autor conclui, baseado nos dados recolhidos nas entrevistas, que o hábito de leitura é o produto de um processo simultâneo e sucessivo de uma pluralidade de estímulos e referências não homogéneas ou necessariamente coerentes, consubstanciado num repertório de esquemas ou disposições híbridas que tenderá a ser acionado de acordo com os contextos de realização. Assim, estão abertas as portas para a reflexão sobre um leitor construído não apenas como expressão de um sentido prático incorporado e posto automaticamente em prática pelas leis da reprodução social, mas como uma memória em ação e construção, onde o indivíduo pode viver a experiência de construir reflexivamente parte do seu próprio destino. Nesta experiência, a leitura – e em particular a leitura de evasão – surge nos depoimentos dos entrevistados como estando inscrita num processo de construção/reconstrução identitária, ou seja, inscrita numa instância necessária ao autodescobrimento do Eu, de outros mundos e outras consciências.
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