TRADUÇÃO LÚCIO ANEU SÊNECA. CARTA A LUCÍLIO IX (SOBRE FILOSOFIA E AMIZADE)

(1) Desejas saber se Epicuro repreende com razão os que dizem o sábio bastar asi mesmo e, por causa disso, não ter necessidade de amigo. Isso é objetado por Epicuroa Stilbo1 e àqueles pelos quais o sumo bem é visto como espírito impassível2[impatiens]. (2) É necessário incidir em ambiguidade se quis...

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Bibliographic Details
Main Authors: Aldo Lopes Dinucci, Lúcio Aneu Sêneca
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Sergipe 2011-05-01
Series:Prometeus: Filosofia em Revista
Online Access:http://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/780
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spelling doaj-51d513513ab74b8a9422b695516ec5892020-11-24T22:16:43ZengUniversidade Federal de SergipePrometeus: Filosofia em Revista2176-59602011-05-0148647TRADUÇÃO LÚCIO ANEU SÊNECA. CARTA A LUCÍLIO IX (SOBRE FILOSOFIA E AMIZADE)Aldo Lopes Dinucci0Lúcio Aneu SênecaVIVA VOX / DFL / UFS(1) Desejas saber se Epicuro repreende com razão os que dizem o sábio bastar asi mesmo e, por causa disso, não ter necessidade de amigo. Isso é objetado por Epicuroa Stilbo1 e àqueles pelos quais o sumo bem é visto como espírito impassível2[impatiens]. (2) É necessário incidir em ambiguidade se quisermos exprimir apatheiapor uma única palavra e dizer “impassibilidade”. Poder-se-ia compreender o contráriodo que queremos significar. Nós3 queremos dizer, por apatheia, o que afaste todosentido de mal4. Mas compreende-se apatheia como o que não possa receber malnenhum. Veja então se é melhor dizer ou “espírito invulnerável” (3) ou “espírito postoalém de todo sofrimento”. Isto está entre nós e aqueles5: nosso sábio vence certamentetodas as vicissitudes, mas as sente; o sábio daqueles nem sequer as sente. Isto para nós epara eles está em comum: o sábio bastar a si mesmo [sapiens se ipso esse contentus].http://seer.ufs.br/index.php/prometeus/article/view/780
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description (1) Desejas saber se Epicuro repreende com razão os que dizem o sábio bastar asi mesmo e, por causa disso, não ter necessidade de amigo. Isso é objetado por Epicuroa Stilbo1 e àqueles pelos quais o sumo bem é visto como espírito impassível2[impatiens]. (2) É necessário incidir em ambiguidade se quisermos exprimir apatheiapor uma única palavra e dizer “impassibilidade”. Poder-se-ia compreender o contráriodo que queremos significar. Nós3 queremos dizer, por apatheia, o que afaste todosentido de mal4. Mas compreende-se apatheia como o que não possa receber malnenhum. Veja então se é melhor dizer ou “espírito invulnerável” (3) ou “espírito postoalém de todo sofrimento”. Isto está entre nós e aqueles5: nosso sábio vence certamentetodas as vicissitudes, mas as sente; o sábio daqueles nem sequer as sente. Isto para nós epara eles está em comum: o sábio bastar a si mesmo [sapiens se ipso esse contentus].
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