Celulares pagos por empregadores: “benefício” ou “malefício”?

Ao longo do século XX, os espaços e horários destinados ao trabalho eram isolados daqueles destinados à vida pessoal, familiar ou ao lazer. Na contemporaneidade, no entanto, tornou-se comum atender telefonemas de trabalho nos mais variados locais fora do horário de expediente e até mesmo nas férias....

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Bibliographic Details
Main Authors: Lúcia Cipriano, Ana Maria Nicolaci-da-Costa
Format: Article
Language:English
Published: Conselho Federal de Psicologia
Series:Psicologia: Ciência e Profissão
Subjects:
Online Access:http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000100012&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-518d72e7d89b4ce1adc9061ab4af66882020-11-25T03:26:21ZengConselho Federal de PsicologiaPsicologia: Ciência e Profissão1414-98931982-3703291147159S1414-98932009000100012Celulares pagos por empregadores: “benefício” ou “malefício”?Lúcia Cipriano0Ana Maria Nicolaci-da-Costa1Pontifícia Universidade Católica do Rio de JaneiroPontifícia Universidade Católica do Rio de JaneiroAo longo do século XX, os espaços e horários destinados ao trabalho eram isolados daqueles destinados à vida pessoal, familiar ou ao lazer. Na contemporaneidade, no entanto, tornou-se comum atender telefonemas de trabalho nos mais variados locais fora do horário de expediente e até mesmo nas férias. Uma das razões para esse novo tipo de comportamento é a concessão, pelos empregadores, de celulares com contas pagas aos seus funcionários. A presente pesquisa procurou investigar quais são as reações desses funcionários. Para tanto, foram conduzidas entrevistas de perguntas abertas com ocupantes de cargos de níveis gerenciais em empresas particulares do Estado do Rio de Janeiro. Foi possível constatar uma ambivalência generalizada entre os entrevistados. Por um lado, eles consideram tal prática um “benefício”, porque também podem usar o celular da empresa para assuntos pessoais, o que representa uma boa economia. Por outro lado, no entanto, se ressentem da invasão, não remunerada ou previamente acordada, de seu tempo livre. Alguns chegam mesmo a se referir a essa concessão como um “malefício”, ou, ainda mais radicalmente, como uma nova forma de escravidão.http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000100012&lng=en&tlng=entrabalhovida pessoalcontemporaneidadecelulares
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1982-3703
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