Summary: | Este texto tem por finalidade examinar as estratégias pelas quais as principais igrejas evangélico-pentecostais ocuparam a política, mediante suas bancadas parlamentares e cargos governamentais, para estabelecer uma normatividade legal através da qual os valores de sua dogmática religiosa são convertidos em políticas públicas. É o que se conceitua como uma confessionalização da política e do espaço público. Discute-se, também, como graus de intolerância e beligerância podem conviver no imaginário religioso da população evangélica, com suas estruturas de sentido para a vida. Busca-se, ainda, analisar a influência destas forças cristãs conservadoras no Congresso Nacional eleito em 2018 e sua interferência no resultado do pleito presidencial, com a eleição de um governo de extrema direita. Por fim, interpreta-se a associação da imagem do presidente Bolsonaro com o segmento evangélico e as implicações políticas e sociais disto.
|