O "homem dos riscos" e o "homem lento" e a teorização sobre o risco epidemiológico em tempos de globalização
Utilizando o tempo como elemento de composição interdisciplinar, discute-se o conceito de risco epidemiológico reconhecendo-se o "homem dos riscos", criado pelo epidemiologista Naomar de Almeida-Filho, e o "homem lento", criado pelo geógrafo Milton Santos. A crítica de Jean-Franç...
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Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp)
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doaj-5133f098bb0f4644b3caf93efd2d92072020-11-24T23:40:19ZengFaculdade de Medicina de Botucatu (Unesp)Interface: Comunicação, Saúde, Educação1807-57622012-03-0116400720S1414-32832012000100002O "homem dos riscos" e o "homem lento" e a teorização sobre o risco epidemiológico em tempos de globalizaçãoGil SevalhoUtilizando o tempo como elemento de composição interdisciplinar, discute-se o conceito de risco epidemiológico reconhecendo-se o "homem dos riscos", criado pelo epidemiologista Naomar de Almeida-Filho, e o "homem lento", criado pelo geógrafo Milton Santos. A crítica de Jean-François Lyotard apontando a ciência como discurso que desconsidera a narrativa popular é usada na argumentação. O homem lento resiste à fragmentação das identidades imposta pela globalização, tecendo criativamente a solidariedade no lugar; o homem dos riscos será o da velocidade, da modernidade, impondo uma ordem padronizadora, individualista e competitiva. O risco epidemiológico é pensado na proximidade do território e do lugar, contrapondo-se a concretude do homem lento à artificialidade do discurso epidemiológico povoado pelo homem dos riscos. A Epistemologia do Sul de Boaventura de Sousa Santos, com suas sociologias das ausências e das emergências, toma por base esta perspectiva crítica, propondo uma prática científica politicamente comprometida com a justiça social, privilegiando o saber popular.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832012000100002&lng=en&tlng=enInterdisciplinariedadTiempoEpidemiologiaRiesgo |
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Utilizando o tempo como elemento de composição interdisciplinar, discute-se o conceito de risco epidemiológico reconhecendo-se o "homem dos riscos", criado pelo epidemiologista Naomar de Almeida-Filho, e o "homem lento", criado pelo geógrafo Milton Santos. A crítica de Jean-François Lyotard apontando a ciência como discurso que desconsidera a narrativa popular é usada na argumentação. O homem lento resiste à fragmentação das identidades imposta pela globalização, tecendo criativamente a solidariedade no lugar; o homem dos riscos será o da velocidade, da modernidade, impondo uma ordem padronizadora, individualista e competitiva. O risco epidemiológico é pensado na proximidade do território e do lugar, contrapondo-se a concretude do homem lento à artificialidade do discurso epidemiológico povoado pelo homem dos riscos. A Epistemologia do Sul de Boaventura de Sousa Santos, com suas sociologias das ausências e das emergências, toma por base esta perspectiva crítica, propondo uma prática científica politicamente comprometida com a justiça social, privilegiando o saber popular. |
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