Os Cursos de Psicologia de Minas Gerais e a presença da Psicanálise na disciplina Psicopatologia

Este trabalho é resultado da análise dos planos de ensino e das ementas de disciplinas que privilegiam o estudo da Psicopatologia nos cursos de Psicologia do estado de Minas Gerais. O interesse recai sobre a existência de conteúdos psicanalíticos nessas disciplinas, bem como na forma como os mesmos...

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Bibliographic Details
Main Author: Ilka Franco Ferrari
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Fortaleza 2004-10-01
Series:Revista Subjetividades
Online Access:https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/1512
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spelling doaj-50d59f5780134ae1b26fff69acf2b5132020-11-25T02:50:26ZporUniversidade de FortalezaRevista Subjetividades2359-07772359-07772004-10-01423723911727Os Cursos de Psicologia de Minas Gerais e a presença da Psicanálise na disciplina PsicopatologiaIlka Franco FerrariEste trabalho é resultado da análise dos planos de ensino e das ementas de disciplinas que privilegiam o estudo da Psicopatologia nos cursos de Psicologia do estado de Minas Gerais. O interesse recai sobre a existência de conteúdos psicanalíticos nessas disciplinas, bem como na forma como os mesmos são desenvolvidos, nos 42 cursos de Psicologia deste estado. A forte presença da Psicanálise na rede pública e, também, em vários cursos universitários de Minas não passa desapercebida. Entre elogios e críticas, esse acontecimento tem encontrado compreensão à luz da peculiar participação dos “mineiros” na Reforma Psiquiátrica, já que buscaram destacar o conceito de cidadania e a clínica do sujeito, enlaçando a psiquiatria, a psicanálise e a dimensão sociopolítica, em complexa elaboração das idéias de Pinel e Kraepelin, Freud e Lacan, Foucault e Basaglia. Não se pode ignorar, todavia, que o próprio Freud via a psicanálise como o começo de uma nova psicopatologia, fundamental e indispensável para a compreensão do normal, e não como uma ciência auxiliar da psicopatologia. É evidente, ainda, que Lacan começa seu ensino a partir das contribuições do estruturalismo, leva a hipótese estrutural até suas últimas conseqüências, mas, a partir dos anos 1970, em seu último ensino, faz mudanças significativas em sua proposta clínica. Parte de uma pesquisa mais ampla sobre “psicopatologia e psicanálise”, este estudo coloca em discussão o que tem acontecido nesse campo de conhecimento e traz a contribuição de importantes psicanalistas sobre o tema, favorecendo a reflexão sobre a formação acadêmica desse profissional do século XXI, século que escancara novas formas de mal-estar na cultura. Palavras-chave: Psicanálise; psicopatologia; cursos de Psicologia; Minas Gerais; Universidade.https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/1512
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