CHUVAS E VAZÕES DA GRANDE ENCHENTE DE 1941 EM PORTO ALEGRE/RS
A cheia de 1941 em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul (RS), situado no extremo sul do Brasil, que inundou uma área extensa da cidade, incluindo o centro e alguns bairros, foi de uma magnitude sem precedentes e nenhum evento posterior chegou perto em termos quantitativos. Apesar de...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Estado do Rio Grande do Sul
2020-09-01
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Series: | Boletim Geográfico do Rio Grande do Sul |
Online Access: | http://revistas.planejamento.rs.gov.br/index.php/boletim-geografico-rs/article/view/4315 |
Summary: | A cheia de 1941 em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul (RS), situado no extremo sul do Brasil, que inundou uma área extensa da cidade, incluindo o centro e alguns bairros, foi de uma magnitude sem precedentes e nenhum evento posterior chegou perto em termos quantitativos. Apesar de fartamente documentada, esta grande cheia gerada na bacia do Jacuí e em outros contribuintes menores, desaguando no lago Guaíba, nunca foi objeto de estimativa consistente das suas vazões em que pese se ter os registros de cotas de nível d’água no cais do porto, localizado no centro da cidade. As chuvas causadoras também nunca foram mapeadas em termos espaciais nem explicitada sua característica temporal. O presente estudo produz resultados neste sentido. O mapeamento da chuva no evento de 1941 mostra aspecto compatível com um CCM (Complexo Convectivo de Mesoescala) assim como os quatro bursts de precipitações intensas identificados. A raridade da cheia de 1941 tem sido aferida pela aplicação da distribuição de Gumbel aos níveis máximos anuais, mas ela desponta como outlier, colocando dúvidas numa estimativa de período de retorno. Fazendo-se o mesmo ajuste com as vazões máximas anuais, este efeito de outlier permanece. Assim o presente estudo optou por contextualizar a raridade da cheia de 1941 em Porto Alegre com base em relações de envoltórias de vazões extremas mundiais. A conclusão é que a cheia de 1941 foi extrema e rara, mas a curva envelope de Creager dá espaço para consideração de uma cheia ainda mais extrema para Porto Alegre. |
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ISSN: | 0520-4062 2446-7251 |