A COSMOGONIA POÉTICA DE HILDA HILST

O presente trabalho pretende explorar a experiência literária de Hilda Hilst a partir da noção de cosmogonia, tendo em vista a leitura do poema “Amavisse”, da obra homônima de 1989. A cosmogonia poética engendra-se na passagem da escuridão à claridade, da abertura caótica do fundo desconhecido das c...

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Bibliographic Details
Main Authors: Andréa Jamilly Rodrigues LEITÃO, Antônio Máximo FERRAZ
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Goiás 2016-06-01
Series:Texto Poético
Online Access:http://rtp.emnuvens.com.br/rtp/article/view/339
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spelling doaj-50a560c4bb004a65bdfbc779e18b8a6e2020-11-25T03:47:24ZporUniversidade Federal de GoiásTexto Poético1808-53852016-06-01122016818810.25094/rtp.2016n20a339266A COSMOGONIA POÉTICA DE HILDA HILSTAndréa Jamilly Rodrigues LEITÃO0Antônio Máximo FERRAZ1UFPAUFPAO presente trabalho pretende explorar a experiência literária de Hilda Hilst a partir da noção de cosmogonia, tendo em vista a leitura do poema “Amavisse”, da obra homônima de 1989. A cosmogonia poética engendra-se na passagem da escuridão à claridade, da abertura caótica do fundo desconhecido das coisas ao acontecer luminoso das formas e dos sentidos. Em toda a sua pujança carnal, a escrita hilstiana é marcada pelo excesso, pela desmesura verbal, pelo transbordamento dos limites, pela renúncia às medidas. No poema em estudo, a referência à imensidão e à volúpia da noite torna-se, por excelência, metáfora para o processo criativo. O grande corpo da poesia é fecundado na carnalidade da noite para dar à luz a palavra. O erotismo, o qual perpassa fundamentalmente a obra da poeta paulista, remonta à dinâmica da transgressão dos interditos, entendida de acordo com os pressupostos teóricos de Bataille (1987). Na sua poética transgressora, colocam-se em tensão a vida e a morte, o divino e o humano, o verbal e o carnal, o ventre luzente da criação e a noite pulsante das formas.http://rtp.emnuvens.com.br/rtp/article/view/339
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