Summary: | RESUMO Este artigo analisa a cobertura jornalística sobre incêndios em cinemas na virada para o século XX, quando emergiram alguns traços estruturantes da sociedade carioca no tocante ao consumo cinematográfico e ao papel da imprensa no Rio de Janeiro. A questão principal é: de que modo o sensacionalismo operou como chave de leitura desses incêndios? Partimos da hipótese de que o sensacionalismo pode ser visto como uma prática de comunicação entre diversos grupos sociais, na medida em que suas marcas perpassam diferentes formas de experimentar a modernidade. Buscaremos compreender como o sensacionalismo foi articulado como uma chave de leitura na relação com o consumo cinematográfico, em um momento histórico no qual hierarquias de classe, gênero e raça saíram reforçadas pela lógica da nova ocupação do espaço urbano.
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