Exu: sagrado e profano

Nosso estudo retoma contribuições de Georges Bataille, Pierre Verger, Edgar Morin, Ronilda Iyakemi Ribeiro, Stefania Capone, Monique Augras com vistas a discutir Exu, deus nagô e dos terreiros de umbanda, ambíguo e paradoxal, macho e fêmea, sagrado e profano. Responsável pela ordem do universo tem...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alexandre de Oliveira Fernandes
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) 2017-07-01
Series:Revista Odeere
Online Access:https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/1573
Description
Summary:Nosso estudo retoma contribuições de Georges Bataille, Pierre Verger, Edgar Morin, Ronilda Iyakemi Ribeiro, Stefania Capone, Monique Augras com vistas a discutir Exu, deus nagô e dos terreiros de umbanda, ambíguo e paradoxal, macho e fêmea, sagrado e profano. Responsável pela ordem do universo tem caráter virulento, atrevido e sem vergonha. Vindo ao mundo com um porrete mágico, metonímia de seu falo ereto, choca o decoro, a moral e a cristandade. Constrange os proscritos e as normas, embaralha as dicotomias bem marcadas do Ocidente. Rompe com os tabus e estabelece nova (des)ordem, ação erótico-sagrada que remete à árvore da vida e ao gozo fértil de Exu. Quem incita (excita) à Vida é Exu, deus trickster a convidar: vem. Trabalharemos com textos de gêneros diversos, a saber, conto, poema, tela, fotografia para que deles salte um perigoso ambivalente como Madame Satã, Maria Navalha, Zé Pelintra, faces de Exu: travesti, travesso, erótico-sagrado, híbrido, cujas metamorfoses continuas plagiam a si mesmo, podendo até ser visto em calendário trans.  Palavras-Chave: Exu, Sagrado, Profano, Trickster.
ISSN:2525-4715