Políticas de inclusão: a arte de governar a partir da liberdade
Este artigo tem por objetivo discutir as políticas de inclusão e suas relações com o que Michel Foucault compreende como mecanismos de segurança, característicos de uma sociedade regida por uma lógica neoliberal. Para subsidiar a discussão, utiliza-se o personagem do livro “O Cavaleiro Inexistente”,...
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Universidade Estadual de Maringá
2015-01-01
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doaj-4ff3ae72647144ec8f9f85ac7106787b2021-06-02T01:33:39ZengUniversidade Estadual de MaringáPsicologia em Estudo1413-73721807-03292015-01-0120112913710.4025/psicolestud.v20i1.2567512843Políticas de inclusão: a arte de governar a partir da liberdadeBetina Hillesheim0Anita Guazzelli Bernardes1Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)Este artigo tem por objetivo discutir as políticas de inclusão e suas relações com o que Michel Foucault compreende como mecanismos de segurança, característicos de uma sociedade regida por uma lógica neoliberal. Para subsidiar a discussão, utiliza-se o personagem do livro “O Cavaleiro Inexistente”, do escritor italiano Ítalo Calvino. Entendendo que os dispositivos de segurança se constituem mediante a gestão de séries abertas, criando um cenário que considere os acontecimentos ou elementos possíveis, os quais só podem ser controlados por meio de estimativas de probabilidades, as políticas de inclusão demandam esforço de investimento na vida, tendo a liberdade como pressuposto fundamental. Nesta perspectiva, nas sociedades contemporâneas, mais do que a exclusão, o que está em cena é a necessidade de inclusão, tanto no sentido de mapeamento e esquadrinhamento das condutas, quanto na prevenção ao risco, isto é, ações dirigidas a indivíduos e grupos potencialmente perigosos.http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/25675Psicologia socialpolíticas de inclusão |
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Este artigo tem por objetivo discutir as políticas de inclusão e suas relações com o que Michel Foucault compreende como mecanismos de segurança, característicos de uma sociedade regida por uma lógica neoliberal. Para subsidiar a discussão, utiliza-se o personagem do livro “O Cavaleiro Inexistente”, do escritor italiano Ítalo Calvino. Entendendo que os dispositivos de segurança se constituem mediante a gestão de séries abertas, criando um cenário que considere os acontecimentos ou elementos possíveis, os quais só podem ser controlados por meio de estimativas de probabilidades, as políticas de inclusão demandam esforço de investimento na vida, tendo a liberdade como pressuposto fundamental. Nesta perspectiva, nas sociedades contemporâneas, mais do que a exclusão, o que está em cena é a necessidade de inclusão, tanto no sentido de mapeamento e esquadrinhamento das condutas, quanto na prevenção ao risco, isto é, ações dirigidas a indivíduos e grupos potencialmente perigosos. |
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