ANÁLISE MORFOESTRUTURAL E APLICAÇÃO DO ÍNDICE DECLIVIDADE EXTENSÃO (RDE) NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO UBATUBA, DIVISA CE/PI, NORDESTE DO BRASIL
<p>A bacia hidrográfica do rio Ubatuba está localizada na porção noroeste do estado do Ceará, na divisa com o Piauí, Nordeste do Brasil, e é caracterizada por aspectos morfoestruturais que condicionaram uma rede de drenagem repleta de anomalias. Tendo em vista a diversidade litológica, assim c...
Main Authors: | , |
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União da Geomorfologia Brasileira
2021-04-01
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Series: | Revista Brasileira de Geomorfologia |
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doaj-4ee140dc07554e49920e1dcd7dba17b72021-09-28T18:05:48ZengUnião da Geomorfologia BrasileiraRevista Brasileira de Geomorfologia1519-15402236-56642021-04-0122210.20502/rbg.v22i2.1974633ANÁLISE MORFOESTRUTURAL E APLICAÇÃO DO ÍNDICE DECLIVIDADE EXTENSÃO (RDE) NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO UBATUBA, DIVISA CE/PI, NORDESTE DO BRASILYuri da Silva Belarmino0Frederico de Holanda Bastos1Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual do Ceará Campus do Itaperi, Fortaleza, Ceará. 60740-903. BrasilPrograma de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual do Ceará Campus do Itaperi, Fortaleza, Ceará. 60740-903. Brasil<p>A bacia hidrográfica do rio Ubatuba está localizada na porção noroeste do estado do Ceará, na divisa com o Piauí, Nordeste do Brasil, e é caracterizada por aspectos morfoestruturais que condicionaram uma rede de drenagem repleta de anomalias. Tendo em vista a diversidade litológica, assim como a ocorrência de zonas de cisalhamento que cruzam o canal principal ao longo do seu perfil longitudinal, foi utilizado o índice RDE (Declividade – Extensão) para se interpretar as influências tectônicas e estruturais na drenagem em setores específicos. A presente pesquisa visa analisar a aplicação do índice RDE, além de outros índices morfométricos, na bacia do rio Ubatuba, contribuindo com a interpretação acerca da relação estrutural na organização da rede de drenagem. A pesquisa foi elaborada a partir de revisão bibliográfica acerca dos índices aplicados e do contexto morfoestrutural da área, seguida de trabalhos de campo e utilização de ferramentas de SIG. A rede de drenagem local apresenta um forte controle estrutural no alto curso associado à presença de cristas quartzíticas da Fm São Joaquim, além da influência das zonas de cisalhamento de direção NE, com ocorrências de padrões treliça e canais retilíneos. No médio e baixo curso a homogeneidade litológica dos setores do embasamento formado por rochas tenras justifica o padrão dendrítico, enquanto que nas áreas de deposição sedimentar cenozoica observam-se canais anastomosados, o que indica um baixo controle estrutural da drenagem nesses dois setores. A exceção ocorre nas áreas de exumação do granito Chaval, no baixo curso, e ao longo das zonas de cisalhamento, onde se constatam anomalias. O índice RDE identificou três principais setores de anomalias de 2ª ordem ao longo do canal principal do rio Ubatuba, sendo dois localizados no alto curso, associados à Falha de Ibuguaçu (ZC de Granja), e um localizado no médio curso, situado entre duas zonas de cisalhamento dextrais (ZC Estreito e ZC Santa Rosa). Cabe destacar que, além de possíveis relações tectônicas com anomalias fluviais, essas zonas de cisalhamento também coincidem com limites de unidades litológicas distintas, cuja ação erosiva diferencial pode condicionar inflexões nos canais.</p>http://www.lsie.unb.br/rbg/index.php/rbg/article/view/1974índice rdedomínio médio coreaúsemiárido brasileiro. |
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Yuri da Silva Belarmino Frederico de Holanda Bastos ANÁLISE MORFOESTRUTURAL E APLICAÇÃO DO ÍNDICE DECLIVIDADE EXTENSÃO (RDE) NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO UBATUBA, DIVISA CE/PI, NORDESTE DO BRASIL Revista Brasileira de Geomorfologia índice rde domínio médio coreaú semiárido brasileiro. |
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<p>A bacia hidrográfica do rio Ubatuba está localizada na porção noroeste do estado do Ceará, na divisa com o Piauí, Nordeste do Brasil, e é caracterizada por aspectos morfoestruturais que condicionaram uma rede de drenagem repleta de anomalias. Tendo em vista a diversidade litológica, assim como a ocorrência de zonas de cisalhamento que cruzam o canal principal ao longo do seu perfil longitudinal, foi utilizado o índice RDE (Declividade – Extensão) para se interpretar as influências tectônicas e estruturais na drenagem em setores específicos. A presente pesquisa visa analisar a aplicação do índice RDE, além de outros índices morfométricos, na bacia do rio Ubatuba, contribuindo com a interpretação acerca da relação estrutural na organização da rede de drenagem. A pesquisa foi elaborada a partir de revisão bibliográfica acerca dos índices aplicados e do contexto morfoestrutural da área, seguida de trabalhos de campo e utilização de ferramentas de SIG. A rede de drenagem local apresenta um forte controle estrutural no alto curso associado à presença de cristas quartzíticas da Fm São Joaquim, além da influência das zonas de cisalhamento de direção NE, com ocorrências de padrões treliça e canais retilíneos. No médio e baixo curso a homogeneidade litológica dos setores do embasamento formado por rochas tenras justifica o padrão dendrítico, enquanto que nas áreas de deposição sedimentar cenozoica observam-se canais anastomosados, o que indica um baixo controle estrutural da drenagem nesses dois setores. A exceção ocorre nas áreas de exumação do granito Chaval, no baixo curso, e ao longo das zonas de cisalhamento, onde se constatam anomalias. O índice RDE identificou três principais setores de anomalias de 2ª ordem ao longo do canal principal do rio Ubatuba, sendo dois localizados no alto curso, associados à Falha de Ibuguaçu (ZC de Granja), e um localizado no médio curso, situado entre duas zonas de cisalhamento dextrais (ZC Estreito e ZC Santa Rosa). Cabe destacar que, além de possíveis relações tectônicas com anomalias fluviais, essas zonas de cisalhamento também coincidem com limites de unidades litológicas distintas, cuja ação erosiva diferencial pode condicionar inflexões nos canais.</p> |
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