CONSIDERAÇÕES ACERCA DA CONFORMIDADE MORAL NA ESCOLA PÚBLICA PAULISTA: PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES (1950 A 1980)
Por que e de que forma estiveram presentes as práticas de moralização na escola durante o seu período de expansão, justamente o período no qual a escola passou a receber uma clientela de origem social bastante distinta daquela que até então vinha freqüentando os bancos escolares? Era preciso contro...
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Universidade Federal de Uberlândia
2013-06-01
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Series: | Cadernos de História da Educação |
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doaj-4ee09a83b6fb4866ace3f7dd150d518f2020-11-25T02:05:34ZporUniversidade Federal de UberlândiaCadernos de História da Educação1982-78062013-06-0112122905CONSIDERAÇÕES ACERCA DA CONFORMIDADE MORAL NA ESCOLA PÚBLICA PAULISTA: PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES (1950 A 1980)Katiene Nogueira da SilvaPor que e de que forma estiveram presentes as práticas de moralização na escola durante o seu período de expansão, justamente o período no qual a escola passou a receber uma clientela de origem social bastante distinta daquela que até então vinha freqüentando os bancos escolares? Era preciso controlar a conduta, enquadrar todos em um padrão de comportamento. A escola seria então uma instância privilegiada para formar e incutir hábitos nas pessoas por acompanhá-las por um período longo e durante várias horas por dia. Os valores que a escola buscava incutir nos alunos contrastavam com o ambiente doméstico das crianças. Ao investigar as práticas e as representações de moralização e uniformização dos agentes da escola pública entre os anos de 1950 a 1980 no estado de São Paulo, tomamos como fontes privilegiadas as revistas pedagógicas, os manuais de didática e metodologia do ensino e a legislação escolar. A escolha do período foi determinada com o objetivo de compreender a temática diante da democratização das oportunidades de educação pública, quando a escola passou a receber uma clientela de origem social mais humilde do que aquela que vinha freqüentando os bancos escolares até então. No final da década 1940, teve início um movimento de defesa e expansão da escola pública, laica e gratuita. No caso paulista, a expansão foi efetivada mais fortemente através de uma intensa ocupação do espaço escolar, que contou com a multiplicação de períodos de aula por dia. Para o desenvolvimento da pesquisa, tomamos como eixo norteador a história cultural, que toma por objetivo a compreensão das formas e dos motivos, ou das representações, do mundo social, a fim de compreender a construção da realidade (CHARTIER, 1990).http://www.seer.ufu.br/index.php/che/article/view/22905 |
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Por que e de que forma estiveram presentes as práticas de moralização na escola durante o seu período de expansão, justamente o período no qual a escola passou a receber uma clientela de origem social bastante distinta daquela que até então vinha freqüentando os bancos escolares? Era preciso controlar a conduta, enquadrar todos em um padrão de comportamento. A escola seria então uma instância privilegiada para formar e incutir hábitos nas pessoas por acompanhá-las por um período longo e durante várias horas por dia. Os valores que a escola buscava incutir nos alunos contrastavam com o ambiente doméstico das crianças. Ao investigar as práticas e as representações de moralização e uniformização dos agentes da escola pública entre os anos de 1950 a 1980 no estado de São Paulo, tomamos como fontes privilegiadas as revistas pedagógicas, os manuais de didática e metodologia do ensino e a legislação escolar. A escolha do período foi determinada com o objetivo de compreender a temática diante da democratização das oportunidades de educação pública, quando a escola passou a receber uma clientela de origem social mais humilde do que aquela que vinha freqüentando os bancos escolares até então. No final da década 1940, teve início um movimento de defesa e expansão da escola pública, laica e gratuita. No caso paulista, a expansão foi efetivada mais fortemente através de uma intensa ocupação do espaço escolar, que contou com a multiplicação de períodos de aula por dia. Para o desenvolvimento da pesquisa, tomamos como eixo norteador a história cultural, que toma por objetivo a compreensão das formas e dos motivos, ou das representações, do mundo social, a fim de compreender a construção da realidade (CHARTIER, 1990). |
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