As novas tecnologias da informação e o consumismo em saúde
Uma ampliação dos conceitos de consumo tem se deslocado na direção de processos sociais até agora não contemplados por categorias tradicionais. A presente revisão analisa a aplicação dos conceitos clássicos sobre consumismo às práticas recentemente identificadas no campo da saúde, como o fenômeno da...
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Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz
2010-08-01
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doaj-4ed71e71375344ba998dc24f08ba24932020-11-25T00:21:12ZengEscola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo CruzCadernos de Saúde Pública1678-44642010-08-0126814731482S0102-311X2010000800002As novas tecnologias da informação e o consumismo em saúdePaulo Roberto Vasconcellos-Silva0Luis David Castiel1Marcos Bagrichevsky2Rosane Harter Griep3Universidade Federal do Estado do Rio de JaneiroFundação Oswaldo CruzUniversidade Estadual de Santa CruzFundação Oswaldo CruzUma ampliação dos conceitos de consumo tem se deslocado na direção de processos sociais até agora não contemplados por categorias tradicionais. A presente revisão analisa a aplicação dos conceitos clássicos sobre consumismo às práticas recentemente identificadas no campo da saúde, como o fenômeno da cibercondria. O desafio teórico se refere à dificuldade de extrapolação das perspectivas econômicas do consumismo às questões do auto-cuidado no contexto das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Procura-se compreender o fenômeno da mercadorização do cuidar-de-si sob o imperativo da auto-responsabilização em saúde. São identificadas e descritas as novas identidades consumidoras em vista das inauditas questões acerca dos aprimoramentos técnicos a modificar a natureza do auto-cuidado. Conclui-se que a saúde é consumida como vitalidade decomposta em artefatos de comercializar no contexto de uma nova bioeconomia - não mais ligada à idéia de emulação e posse, e sim a novas formas de perceber-se e cuidar-se perante múltiplos riscos e novas definições do que é ser humano.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2010000800002&lng=en&tlng=enInformação de Saúde ao ConsumidorAutocuidadoInternet |
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Uma ampliação dos conceitos de consumo tem se deslocado na direção de processos sociais até agora não contemplados por categorias tradicionais. A presente revisão analisa a aplicação dos conceitos clássicos sobre consumismo às práticas recentemente identificadas no campo da saúde, como o fenômeno da cibercondria. O desafio teórico se refere à dificuldade de extrapolação das perspectivas econômicas do consumismo às questões do auto-cuidado no contexto das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Procura-se compreender o fenômeno da mercadorização do cuidar-de-si sob o imperativo da auto-responsabilização em saúde. São identificadas e descritas as novas identidades consumidoras em vista das inauditas questões acerca dos aprimoramentos técnicos a modificar a natureza do auto-cuidado. Conclui-se que a saúde é consumida como vitalidade decomposta em artefatos de comercializar no contexto de uma nova bioeconomia - não mais ligada à idéia de emulação e posse, e sim a novas formas de perceber-se e cuidar-se perante múltiplos riscos e novas definições do que é ser humano. |
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