Summary: | Objetivo : Verificar se a escuta clínica contextualizada influencia a avaliação perceptivo-auditiva da intensidade do desvio vocal. Métodos : Foram selecionados 22 registros vocais de 12 mulheres e dez homens, faixa etária de 25 a 75 anos, pré e pós fonoterapia. A amostra vocal foi analisada por duas fonoaudiólogas especialistas em voz. A avaliadora 1 era a terapeuta dos pacientes e realizou a escuta clínica contextualizada e a avaliadora 2 não conhecia nenhum dos pacientes e realizou a escuta do sinal sonoro. O material de fala foi a emissão da vogal sustentada “é” e a contagem de números de um a dez. A estratégia utilizada foi a de marcar o grau geral de desvio vocal em uma escala analógica visual de 100 mm. Resultados: Na vogal sustentada, no momento pré-fonoterapia, a avaliadora 1 produziu a média de 53,8 pontos (faixa de 17 a 100), enquanto a avaliadora 2 produziu a média de 62,8 (faixa de 32 a 100). No momento pós fonoterapia, a média da avaliadora 1 foi de 22,8 pontos (faixa de 7 a 47) e a da avaliadora 2 foi de 51,9 pontos (faixa de 28 a 92), para vogal sustentada. Para a fala encadeada, o momento pós fonoterapia foi o único que se encontrou diferença, sendo que a avaliadora 1 teve média de 18,41 pontos (faixa de 5 a 55) e a avaliadora 2, média de 43,55 pontos (faixa de 18 a 80). Conclusão : A vogal sustentada sofreu mais influência do conhecimento de dados demográficos e de diagnóstico vocal do que a fala encadeada.
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