Sintoma e Política
Lacan associa Sócrates, Descartes, Marx e Freud a partir do objeto de que tratam, e que Lacan conceitua como a verdade. O sintoma a presentifica como o que é: sempre um meio dizer. Em decorrência do fato de um indivíduo não escapar de ser um Gattungswesen, um ser que necessariamente se relaciona com...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Fortaleza
2016-05-01
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Series: | Revista Subjetividades |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.unifor.br/rmes/article/view/4984 |
Summary: | Lacan associa Sócrates, Descartes, Marx e Freud a partir do objeto de que tratam, e que Lacan conceitua como a verdade. O sintoma a presentifica como o que é: sempre um meio dizer. Em decorrência do fato de um indivíduo não escapar de ser um Gattungswesen, um ser que necessariamente se relaciona com os outros, como dizia Marx, a função do sintoma na psicanálise não se reduz ao campo de uma psicologia individual. Freud explicitou-o: toda psicologia individual também é uma psicologia social. O artigo retoma a noção de sintoma da maneira como foi elaborada por Friedrich Engels, para então examiná-la na articulação com Marx, na medida em que Lacan sempre referiu a origem de seu emprego na psicanálise à conceituação de Marx. O artigo é organizado iniciando com Engels e seu texto sobre a família, deduzindo os três abalos do Nome-do-Pai na cultura, para distinguir a função paterna como eminentemente falha, desde Freud. Em seguida, debruça-se sobre a definição de Marx do sintoma como “a única maneira de o que existe afirmar seu oposto”, como é retomado no artigo, literalmente, da sua obra. Ao associarmos a função do pai, aqui também tratada como sintoma, com a acepção de Marx, o artigo articula o sintoma numa interseção da psicanálise com a política na associação de Freud, Engels, Marx e Lacan. |
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ISSN: | 2359-0777 2359-0777 |