Summary: | RESUMO Introdução Pesquisas voltadas para as populações com baixas exposições a solventes, ou exposições dentro dos níveis de tolerância permitidos em âmbito ocupacional ainda são restritas. Objetivo Caracterizar o perfil auditivo de frentistas de postos de combustíveis. Métodos Estudo transversal, constituído por dois grupos, pareados por gênero e idade: Grupo Controle - 23 indivíduos sem exposição a ruído ou agentes químicos; Grupo Experimental - 21 frentistas de postos de combustíveis. Foi realizada avaliação audiológica, composta por audiometria tonal liminar, logoaudiometria e medidas de imitância acústica. A análise estatística utilizou cálculo de média, desvio padrão, valor mínimo e máximo, teste Qui-quadrado e coeficiente de correlação de Pearson. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados Foram verificadas alterações auditivas nos frentistas, caracterizadas por comprometimento no sistema auditivo periférico, sugerindo ação tóxica da exposição a combustíveis. Houve correlação entre idade e tempo de exposição a solvente. Na comparação entre os grupos, o reflexo acústico demonstrou maior número de alterações no grupo experimental, com diferença para os reflexos acústicos ipsilaterais da orelha direita e contralaterais da orelha esquerda. Conclusão Não houve diferença entre os grupos para os limiares auditivos, porém, a diferença verificada nos reflexos acústicos ipsilaterais e contralaterais no grupo experimental sugere comprometimento retrococlear. Diante das evidências observadas neste estudo, considera-se relevante incluir a pesquisa do reflexo acústico na avaliação auditiva dos frentistas, bem como a integração desta categoria profissional aos programas de prevenção de perda auditiva.
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