Summary: | Neste trabalho são analisadas algumas questões referentes à construção do tempo no cotidiano do trabalho dos pescadores artesanais do litoral do município de Maracanã, usando como baliza os conceitos de 'Fartura' e 'Famitura' presentes no discurso ao ser feita referência ao modo de vida do passado e do presente.Ver-se-á como o modo de vida típico do passado é resgatado da memória dos velhos através do conceito de 'Fartura', estabelecendo o contraponto com o conceito de 'Famitura', característico do presente, onde a perda do Ethos extrapola o âmbito da estrita sobrevivência, atingindo valores fundamentais, como a solidariedade. Esta análise será efetuada no quadro conceitual do tempo medido pelos afazeres e do tempo cronometrado mecanicamente pelo relógio.O trabalho de campo intensivo ocorreu na comunidade de Fortaleza do Mocooca, incorporando dados obtidos ao longo da experiência da autora na temática da pesca artesanal do litoral do Pará.
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