Summary: | O objetivo deste trabalho é analisar a discussão envolvendo J.G Fichte e F.H Jacobi na conhecida Atheismusstreit debate no qual Fichte é acusado de ateísmo e niilismo por Jacobi baseando-se na dificuldade fichteana em deduzir o mundo empírico a partir do princípio puro da sua Wissenschaftslehre, o Eu, sem trair os preceitos transcendentais de sua doutrina. A investigação se concentrará com mais ênfase na extensa resposta de Fichte no seu Bestimmung des Menschen (1800) onde procura destacar o âmbito moral da sua filosofia como uma solução a esterilidade da pureza do campo teórico, isto é, com a fé funcionando como o órgão pelo qual o chamado da vontade é aceito e o mundo, agora moral, é deduzido. Esta fé traça uma tangente entre ambos, uma vez que Jacobi também a concebe em seu David Hume über den Glauben oder Idealismus und Realismus (1787) com a diferença fundamental de que em Fichte esta fé se segue da deliberação livre do agente, uma fé em sua própria natureza racional, enquanto em Jacobi ela é consequente da revelação miraculosa da objetividade advinda de Deus, uma transcendência absoluta.
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