Traduzindo a identidade da favela brasileira na França: Je suis favela/Eu sou favela

A obra Eu sou favela (2012) é uma coletânea de contos de escritores brasileiros que narram histórias ambientadas na favela. Sua tradução, Je suis favela (2011), foi realizada pela Éditions Anacaona que é uma editora francesa, cujo foco é a publicação de traduções de obras brasileiras desconhecidas d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Beatriz Curti-Contessoto, Maria Angélica Deângeli, Lauro Maia Amorim
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Campinas 2019-04-01
Series:Trabalhos em Linguística Aplicada
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8653889
Description
Summary:A obra Eu sou favela (2012) é uma coletânea de contos de escritores brasileiros que narram histórias ambientadas na favela. Sua tradução, Je suis favela (2011), foi realizada pela Éditions Anacaona que é uma editora francesa, cujo foco é a publicação de traduções de obras brasileiras desconhecidas do grande público que retratem aspectos socioculturais do Brasil. No texto em português, notamos o uso de um vocabulário de registro familiar que foi utilizado com o intuito de melhor expressar as identidades das personagens. Assim, interessamo-nos em verificar de que modo a tradução de um dos contos, intitulado “J’suis qu’un ouf”, em português “A.B.C.”, valeu-se das marcas de oralidade em língua francesa, e como isso contribuiu para a criação das identidades das personagens na obra traduzida. Para tanto, fundamentamo-nos em Crépon (2004), Rodrigues (2008) e Amorim (2015), sobretudo com relação às discussões sobre o próprio conceito de tradução, à tradução como escrita que consolida literaturas não canônicas e, consequentemente, as questões identitárias subjacentes a esse processo. Também nos referimos aos trabalhos de Britto (2012) e Bagno (2012) no que diz respeito às marcas de oralidade propriamente ditas.
ISSN:2175-764X