Summary: | Os fragmentos florestais estão sujeitos ao fenômeno conhecido como Efeito de Borda, que afeta a função ecológica dessas áreas em relação ao tamanho, formato do fragmento, matriz ao entorno e manejo das áreas de borda. Desse modo, este trabalho teve como principal objetivo discutir o grau de susceptibilidade ecológica dos fragmentos florestais das bacias do Ribeirão Douradinho e Estiva em Minas Gerais. O uso das imagens RapidEye permitiram o mapeamento das unidades de fragmentos existentes nas bacias. Sob a perspectiva da Ecometria da Paisagem, foram analisados para cada fragmento os índices: área, densidade, tamanho, borda, forma, proximidade entre os fragmentos e área central. Como conclusão do trabalho, verificou-se que o nível de fragmentação florestal é elevado, com 273 unidades, somando 76,35 km², menos de 1% da área das bacias. Os fragmentos foram agrupados em: muito pequeno <5 ha, com 104 unidades (38,10%); pequeno >5 e <10 ha, com 35 unidades (12,80%); médio >10 e <100 ha, com 119 unidades (43,60%); e grande >100 ha, com 15 unidades (5,5%). No geral, os fragmentos inclusos nas categorias muito pequeno e pequeno não possuem área sem influência do efeito de borda, o que dificulta a preservação da biodiversidade destes ecossistemas, ou seja, áreas susceptíveis a perda ecológica. O Ribeirão Panga, afluente do Ribeirão Douradinho, é o que possui maior índice de densidade e proximidade da distribuição dos fragmentos analisados. É também onde está localizada a Reserva de Preservação Permanente (RPPN) da Universidade Federal de Uberlândia, que apresentou o maior índice de circularidade.
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