O PROFESSOR PAULISTA ORESTES GUIMARÃES E A MODERNIZAÇÃO DA INSTRUÇÃO PÚBLICA CATARINENSE (1911-1918)

No ano de 1911, o professor Orestes Guimarães foi contratado pelo governo do Estado de Santa Catarina para modernizar a instrução pública catarinense nos moldes da reforma paulista, na época considerada vanguarda no campo educacional. Sua promessa era a de proporcionar aos professores da rede públic...

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Bibliographic Details
Main Author: Gladys Mary Teive Auras
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Uberlândia 2008-02-01
Series:Cadernos de História da Educação
Online Access:http://www.seer.ufu.br/index.php/che/article/view/276
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publishDate 2008-02-01
description No ano de 1911, o professor Orestes Guimarães foi contratado pelo governo do Estado de Santa Catarina para modernizar a instrução pública catarinense nos moldes da reforma paulista, na época considerada vanguarda no campo educacional. Sua promessa era a de proporcionar aos professores da rede pública as estruturas objetivas capazes de assegurar as condições para a produção e para o exercício de uma nova cultura escolar, sintonizada com a formação do cidadão republicano, na época entendido como aquele que respeita as leis, ama a pátria e confia no progresso social e científico. Ele redesenhou a Escola Normal e inaugurou novas formas de escolarização, como o grupo escolar e, sobretudo, espargiu durante o período em que foi diretor da instrução pública (1911-1918) o fermento simbólico do método de ensino intuitivo por todo o sistema de ensino catarinense, muito particularmente sobre a escola formadora de mestres. Sua obra, aqui analisada como documento-monumento, levou-me a Escola Normal da Praça, em São Paulo, onde ele se formou, e a Escola Normal Catarinense em Florianópolis, onde ele iniciou a sua reforma modernizadora e, conseqüentemente, ao contexto sócio-econômico-cultural da Primeira República, possibilitando-me compreender o quanto o seu pensamento estava sintonizado com as expectativas da geração dos primeiros republicanos brasileiros, traduzindo de forma inexorável, as referências por eles consideradas importantes para a civilização do povo e a regeneração da nação. Para tal estudo, foram privilegiadas fontes documentais e bibliográficas, tendo como fio condutor da análise a teoria "disposicionalista da ação", de Pierre Bourdieu, e o conceito de processo civilizador de Norbert Elias.
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