Adama e Nascimento Grande: valentes do Recife da Primeira República
Este trabalho tem como objetivo discutir a trajetória de dois valentes do Recife que tiveram seu auge na primeira década do século XX. Esses valentes, também conhecidos como "brabos", foram representados pelos memorialistas ora como capangas ou guarda-costas dos políticos e poderosos da ép...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Fundação Joaquim Nabuco
2011-06-01
|
Series: | Cadernos de Estudos Sociais |
Online Access: | https://fundaj.emnuvens.com.br/CAD/article/view/1360 |
Summary: | Este trabalho tem como objetivo discutir a trajetória de dois valentes do Recife que tiveram seu auge na primeira década do século XX. Esses valentes, também conhecidos como "brabos", foram representados pelos memorialistas ora como capangas ou guarda-costas dos políticos e poderosos da época, ora como marginais e arruaceiros que não conseguiam viver sem se envolver em confusões e brigas. Os valentes foram muito mais do que simples jagunços, alguns dos quais com uma vida dinâmica e marcada pela diversidade de relações sociais no Recife. Nesse sentido, discutiremos as representações construídas por alguns memorialistas e folcloristas em torno das emblemáticas figuras desses dois valentes, tomando-os como ponto de partida para a análise da sociedade recifense da época. O que objetivamos é discutir os valentes através de Adama e Nascimento Grande, enquanto homens de seu tempo; suas redes de sociabilidade e seus costumes, como forma de desconstruir os juízos de valor que lhes foram atribuídos pelos memorialistas que sobre eles escreveram.
Palavras-chave: maracatus, valentes, sociabilidades
The objective of this article is to discuss the trajectory of two brave men of Recife who had their summit in the first decade of the XXth century. These brave men, also knew as brabos, were represented by memorialists as private soldiers or body guards for the politicians and powerful chiefs of that time or, sometimes, as marginalized and tumult creators who could not live without fighting and making confusion. These brave men were more than jagunços: some of them had a dynamic life marked by the diversity of their social insertion in Recife. So, we will discuss the representations built by some memorialists and folklorists about them, as a start point to analyze the society of Recife at that time. Our objective is to discuss the brave through the lives of Adama and Nascimento Grande, as men of their time, and also their sociability networks and their habits, as a way to disconstruct the judgments of value which were made by the memorialists who had written about them.
Key-words: maracatus, brave men, sociabilities |
---|---|
ISSN: | 0102-4248 2595-4091 |