Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica Perioperative patient management in pediatric neurosurgery
OBJETIVOS: Descrever as principais diferenças fisiopatológicas entre procedimentos neurocirúrgicos em crianças e adultos; as principais complicações e eventos adversos descritos em estudos publicados decorrentes de neurocirurgia pediátrica; as peculiaridades do manejo anestésico e intraoperatório da...
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Associação Médica Brasileira
2012-06-01
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Series: | Revista da Associação Médica Brasileira |
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Eduardo Mekitarian Filho Werther Brunow de Carvalho Sérgio Cavalheiro |
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Eduardo Mekitarian Filho Werther Brunow de Carvalho Sérgio Cavalheiro Manejo do paciente no período perioperatório em neurocirurgia pediátrica Perioperative patient management in pediatric neurosurgery Revista da Associação Médica Brasileira neurocirurgia pediatria fatores de risco morbidade cuidados pós-operatórios neurosurgery pediatrics risk factors morbidity postoperative care |
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2012-06-01 |
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OBJETIVOS: Descrever as principais diferenças fisiopatológicas entre procedimentos neurocirúrgicos em crianças e adultos; as principais complicações e eventos adversos descritos em estudos publicados decorrentes de neurocirurgia pediátrica; as peculiaridades do manejo anestésico e intraoperatório das diversas doenças neurocirúrgicas; as complicações mais comuns específicas e seus manejos nos procedimentos mais frequentes em neurocirurgia pediátrica; e as causas e tratamento para as principais complicações gerais encontradas em crianças submetidas à neurocirurgia. MÉTODOS: Realizou-se revisão não sistemática da literatura nas bases de dados Pub-Med, EMBASE e SciELO utilizandose como palavras-chave pediatrics, children, neurosurgery, risk factors, intraoperative complications e postoperative period e seus correspondentes em português e espanhol de janeiro de 2001 a janeiro de 2011, além da utilização de referências bibliográficas importantes dos textos escolhidos em qualquer período de tempo. RESULTADOS: Os três procedimentos mais comuns realizados em crianças incluem correção de hidrocefalia, cranioestenoses e ressecção de tumores cerebrais. Complicações como febre, sangramentos, distúrbios metabólicos (hiponatremia e hiperglicemia), edema cerebral e déficits focais transitórios (como paresias e distúrbios de fala e deglutição) são frequentes, porém costumam evoluir com rápida melhora. Até 50% das crianças podem evoluir sem nenhuma complicação no período pós-operatório. Atenção especial deve ser dada à prevenção de infecções e convulsões no período pós-operatório, com terapêutica medicamentosa adequada para cada caso. CONCLUSÃO: A complexidade dos procedimentos neurocirúrgicos em crianças é crescente, e a observação e conhecimento das complicações dentro da unidade de terapia intensiva pediátrica são fundamentais. Antecipar as complicações de modo ao tratamento precoce e à profilaxia de eventos adversos em casos selecionados pode contribuir para a redução da morbimortalidade e aumento da segurança dos pacientes.<br>OBJECTIVES: To describe the main pathophysiological differences in neurosurgical procedures between children and adults; the main complications and adverse events resulting from pediatric neurosurgery reported in studies; the singularities in anesthetic and intraoperative management in several neurosurgical diseases; the more specific and common complications and their management in the most frequent pediatric neurosurgical procedures, as well as causes and treatment for the main complications found in children undergoing neurosurgery. METHODS: A non-systematic review in literature databases PubMed, EMBASE, and SciELO was performed by using the keywords "pediatrics", "children", "neurosurgery", "risk factors", "intraoperative complications", and "postoperative period", as well as their matches in Portuguese and Spanish from January 2001 to January 2011, in addition to using important references from the selected material over any period of time. RESULTS: The three procedures most commonly performed in children are hydrocephalus, craniostenosis repair, and brain tumor resection. Complications as fever, bleeding, metabolic disturbances (hyponatremia and hyperglycemia), brain swelling, and transient focal deficits (limb weakness, speech and swallowing disorders) are frequent, but their course is often towards prompt improvement. Up to 50% of children may have an uneventful evolution over the postoperative period. Special attention must be given to the prevention of postoperative infections and seizures with the use of a drug therapy that suits each case. CONCLUSION: The complexity of neurosurgical procedures in children is increasing, and observation and recognition of complications in pediatric intensive care units are fundamental. Anticipating complications in order to achieve an early treatment and adverse event prophylaxis can contribute to reduced morbidity and mortality and increased patients' safety. |
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