Summary: | Na antiguidade, o tratamento de enfermidades que acometiam os homens era essencialmente por meio de plantas medicinais. Com a revolução industrial no século XIX, essa alternativa de tratamento caiu em desuso. Nas últimas décadas, entretanto, voltou a ser empregada, devido a fatores como a dificuldade de acesso aos serviços médicos e farmacêuticos e o custo elevado dos medicamentos sintéticos. Consequentemente, o número de relatos de eventos adversos relacionados a drogas vegetais aumentou. Seu uso é comum na atenção primária à saúde e a maioria dos usuários acredita que seja seguro. A toxicidade das plantas medicinais ou de medicamentos que as contenham é um assunto de saúde pública, uma vez que podem desencadear desde reações adversas até intoxicações graves, além de poder interagir com fármacos convencionais. Existem poucos dados de segurança das drogas vegetais e, muito deles, não foram submetidos aos estudos de fase clínica. A monitoração dos efeitos indesejados por meio da implantação de um sistema de farmacovigilância que inclua as espécies vegetais medicinais se faz necessária. Contudo, no Brasil, a avaliação de segurança de drogas vegetais e seus derivados está no começo e, portanto, é necessário que ações sejam tomadas para que se estruture um sistema robusto e eficaz.
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