SUS – 20 anos
A RBMFC não poderia deixar de fazer alusão ao aniversário de 20 anos da promulgação do Sistema Único de Saúde (SUS). Este momento tem sido motivo de reflexão por todos aqueles que acompanham e militam, como nós, na sua construção. Em primeiro lugar cremos ter mais motivos a comemorar do que a lamen...
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Format: | Article |
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Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
2008-11-01
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Series: | Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade |
Online Access: | https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/189 |
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doaj-49aae14670174dc3b4809d99e0c58cc62020-11-25T01:23:00ZporSociedade Brasileira de Medicina de Família e ComunidadeRevista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 1809-59092179-79942008-11-0141410.5712/rbmfc4(14)189140SUS – 20 anosCarlos Eduardo Aguilera Campos0Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ A RBMFC não poderia deixar de fazer alusão ao aniversário de 20 anos da promulgação do Sistema Único de Saúde (SUS). Este momento tem sido motivo de reflexão por todos aqueles que acompanham e militam, como nós, na sua construção. Em primeiro lugar cremos ter mais motivos a comemorar do que a lamentar. Em nosso campo de atuação, a Atenção Primária à Saúde e a Medicina de Família e Comunidade, alcançaram-se resultados extraordinários nestas duas décadas assim como estão lançadas para o futuro bases para o seu completo desenvolvimento. A ênfase dada à política de universalização com eqüidade irá requerer de todos os profissionais de saúde um crescente e renovado compromisso. Este esforço persistente deve ser destacado como um dos grandes ganhos em nossa sociedade que se reafirma e se aprimora como democrática. Por outro lado isto não se realizará sem esforços e investimentos em ciência e tecnologia, formação de recursos humanos e melhoria da qualidade em todas as suas dimensões, técnica e administrativa. Não se pode ignorar porém que resultados serão alcançados a médio e longo prazos e que só o trabalho árduo e permanente é capaz de realizar as mudanças almejadas. Assim a continuidade das políticas de Estado como a municipalização, a estabilidade dos mecanismos de financiamento, a capacitação de recursos humanos, a prioridade às ações de promoção e prevenção são aquelas que resultarão em melhores resultados em termos de indicadores de saúde. Não há como negar que algumas das questões consideradas problemáticas para o cidadão e usuário do Sistema Único de Saúde retornam diversas vezes à pauta sem que haja uma clareza de como serão resolvidas pelos gestores, profissionais e a sociedade brasileira em geral. É importante persistir com a decisão política por um modelo que garanta a territorialidade da assistência e que esta seja contínua, com vínculo, tal como proporcionado pela Medicina de Família e Comunidade. A universalização deste modelo deve ser completada com a inclusão dos milhões de moradores de regiões metropolitanas e ainda daqueles com cobertura complementar do sub-setor privado. Infelizmente ainda assistimos a medidas que já se mostraram equivocadas, que geram resultados efêmeros e servem mais para desorganizar e atrasar as soluções definitivas. A RBMFC busca ser um instrumento que visa colaborar com a consolidação do SUS como projeto político fundamental da saúde no Brasil, alinhado com o desenvolvimento de Sistemas de Saúde baseados nos valores da Atenção Primária à Saúde. Sua linha editorial apoia ainda o fortalecimento da participação social no desenvolvimento da saúde e da consciência dos cidadãos a respeito dos determinantes sociais da saúde. Os artigos vinculados na RBMFC têm, sem exceção, o compromisso com os valores cujas bases fundamentais encontram-se consagrados na Carta Magna. Busca-se divulgar todo o tipo de BOA PRÁTICA, fundamentada cientificamente, por meio das contribuições dos autores que aqui apresentam os seus trabalhos. Estamos irmanados e confiantes, prontos para os próximos 20 anos. https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/189 |
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A RBMFC não poderia deixar de fazer alusão ao aniversário de 20 anos da promulgação do Sistema Único de Saúde (SUS). Este momento tem sido motivo de reflexão por todos aqueles que acompanham e militam, como nós, na sua construção. Em primeiro lugar cremos ter mais motivos a comemorar do que a lamentar. Em nosso campo de atuação, a Atenção Primária à Saúde e a Medicina de Família e Comunidade, alcançaram-se resultados extraordinários nestas duas décadas assim como estão lançadas para o futuro bases para o seu completo desenvolvimento. A ênfase dada à política de universalização com eqüidade irá requerer de todos os profissionais de saúde um crescente e renovado compromisso. Este esforço persistente deve ser destacado como um dos grandes ganhos em nossa sociedade que se reafirma e se aprimora como democrática. Por outro lado isto não se realizará sem esforços e investimentos em ciência e tecnologia, formação de recursos humanos e melhoria da qualidade em todas as suas dimensões, técnica e administrativa. Não se pode ignorar porém que resultados serão alcançados a médio e longo prazos e que só o trabalho árduo e permanente é capaz de realizar as mudanças almejadas. Assim a continuidade das políticas de Estado como a municipalização, a estabilidade dos mecanismos de financiamento, a capacitação de recursos humanos, a prioridade às ações de promoção e prevenção são aquelas que resultarão em melhores resultados em termos de indicadores de saúde.
Não há como negar que algumas das questões consideradas problemáticas para o cidadão e usuário do Sistema Único de Saúde retornam diversas vezes à pauta sem que haja uma clareza de como serão resolvidas pelos gestores, profissionais e a sociedade brasileira em geral. É importante persistir com a decisão política por um modelo que garanta a territorialidade da assistência e que esta seja contínua, com vínculo, tal como proporcionado pela Medicina de Família e Comunidade. A universalização deste modelo deve ser completada com a inclusão dos milhões de moradores de regiões metropolitanas e ainda daqueles com cobertura complementar do sub-setor privado. Infelizmente ainda assistimos
a medidas que já se mostraram equivocadas, que geram resultados efêmeros e servem mais para desorganizar e atrasar as soluções definitivas.
A RBMFC busca ser um instrumento que visa colaborar com a consolidação do SUS como projeto político fundamental da saúde no Brasil, alinhado com o desenvolvimento de Sistemas de Saúde baseados nos valores da Atenção Primária à Saúde. Sua linha editorial apoia ainda o fortalecimento da participação social no desenvolvimento da saúde e da consciência dos cidadãos a respeito dos determinantes sociais da saúde.
Os artigos vinculados na RBMFC têm, sem exceção, o compromisso com os valores cujas bases fundamentais encontram-se consagrados na Carta Magna. Busca-se divulgar todo o tipo de BOA PRÁTICA, fundamentada cientificamente, por meio das contribuições dos autores que aqui apresentam os seus trabalhos.
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