Summary: | O artigo terá um foco duplo de leitura crítica: a produção poética do autor português contemporâneo Luís Miguel Nava, analisada a partir de um corpus constituído por duas obras específicas, O céu sob as entranhas (1989) e Vulcão (1994), obras estas que serão colocadas em diálogo, a partir de uma abordagem comparatista intermedial, com a série televisva britânica Black Mirror (2011), uma produção da provedora Zeppotron, posteriormente comprada pela afamada Netflix, escrita pelo argumentista Charlie Brooker. Esta série será por sua vez alvo de análise a partir de três episódios: “Be Right Back” (2013), “Playest” (2016) e “Black Museum” (2017). Assim, ressaltando noções teóricas centrais ao perfil dos dois campos mediáticos estudados, será explorado o tema da monstruosidade sob uma perspetiva contemporânea, dando relevo ao tópico do corpo. O trabalho visa contribuir globalmente para um entendimento dos objetos literários contemporâneos em articulação com outros produtos da cultura de massas, como os televisivos, entre os quais se tecem cada vez mais nexos intertextuais alternativos.
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