Summary: | Resumo Este artigo se concentra em discutir a especificidade e as consequências decorrentes da adoção de processos participativos na arquitetura e em intervenção urbana, os quais são entendidos aqui como as propostas que têm como ponto inicial a partilha das atividades da produção em arquitetura com o usuário. Busca-se saber se tais processos promovem, de fato, a produção de um espaço menos determinista em relação ao seu uso, a emancipação dos sujeitos e o estímulo ao sentimento de pertencimento. Com essa intenção, analisam-se, especificamente, as experiências das intervenções urbanas “O lixo não existe”, propostas pelo coletivo Basurama e realizadas em São Paulo no período de 2012-2014. Essa análise é fundamentada nas entrevistas feitas com um dos membros do coletivo e de uma participante. Para tanto, procede-se a um cruzamento entre a concepção de emancipação/dissenso de Jacques Rancière e da ética do bem-dizer da psicanálise de Jacques Lacan.
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