Summary: | This article focus on the question about how to talk about a soul without reducing it to a mere image that represents the human body. In order to do so, this thesis returns the ethnographic data on the Araweté and Yanomami peoples, to the cinema studies made by Gilles Deleuze and to the classic discussions that play an important role in current Amerindian Ethnology studies, through the texts of Tânia Stolze Lima. In doing so, this thesis proposes a reflection on different ways of thinking the notion of ‘soul’, stressing the ways it offers resistance to the stabilization, representation and condensation into a single image that stands for a body.Este ensaio parte de uma interrogação sobre como pensar uma noção de alma que não fosse redutível ao dualismo ‘corpo-substância’ e, logo, a uma imagem que é a simples figuração e a mera representação de um corpo humano. Para tanto, este ensaio revisita as etnografias araweté e yanomami e cruza seus dados com as discussões promovidas por Gilles Deleuze a respeito de outro tipo particular de imagem, a imagem cinematográfica; e por Tânia Stolze Lima sobre a noção de ponto de vista. Ao fazê-lo, este artigo finda por refletir sobre várias maneiras de conceber a ideia de alma, tendo em vista as maneiras e mecanismos que compõem e coordenam essa ideia, impedindo que ela congele enquanto uma representação de um corpo humano.
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