Summary: | O Código Florestal Brasileiro estabelece as Áreas de Preservação Permanente (APP’s) como mecanismos para proteção e conservação de áreas ambientalmente sensíveis, tais como a vegetação ripária. O rio Jequitinhonha trata-se de um importante recurso para atividades produtivas e zonas urbanas no nordeste do estado de Minas Gerais. Dessa forma, este estudo analisou o cenário de um conflito do uso da terra por atividade de garimpo de diamantes em zona de APP de um trecho na região do Alto Jequitinhonha, mesorregião do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Buscou-se averiguar a existência de relação entre a antropização nos limites da APP e no seu entorno. Para essa análise, utilizou-se imagem do sensor RapidEye, e o método de classificação Máxima Verossimilhança para três classes de cobertura da terra: (I) vegetação natural, (II) solo exposto e (III) curso hídrico. Foi utilizado ainda o comando de geoprocesso Buffer para delimitação da categoria APP. A partir dos resultados constatou-se que para a janela amostral, a classe área vegetada perfaz 86,68% da área total, seguido de 11,01% de solo exposto e 2,31% para água. Dentro dos limites da APP a ocorrência é de 46,42% de solo exposto, 30,41% de área vegetada, e 23,16% relativos ao curso hídrico. A partir das análises, foi possível validar a partir das condições de uso da terra, que o problema da degradação ambiental está estritamente associado ao conflito de exploração local. Estas informações podem subsidiar o poder público em controle consistente de fiscalização e auxiliar na priorização dos ambientes prioritários à proteção.
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