Tempo dissolvido, tempo do crime: a escritura do contemporâneo de Leonardo Gandolfi
No livro de poemas A morte de Tony Bennett, de Leonardo Gandolfi, é possível reconhecer os traços de uma escritura do contemporâneo. Não apenas por se tratarem de poemas escritos e publicados nos últimos anos, mas pelo fato de trazerem em si as marcas do deslocamento, fragmentação e perd...
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doaj-4789148033b34025923db6a1f6993be92020-11-25T02:50:07ZspaUniversidade Federal de Santa CatarinaBoletim de Pesquisa NELIC1518-72841984-784X2013-12-011319476110.5007/1984-784X.2013v13n19p4720952Tempo dissolvido, tempo do crime: a escritura do contemporâneo de Leonardo GandolfiTiago Lanna Pissolati0Universidade Federal de Santa CatarinaNo livro de poemas A morte de Tony Bennett, de Leonardo Gandolfi, é possível reconhecer os traços de uma escritura do contemporâneo. Não apenas por se tratarem de poemas escritos e publicados nos últimos anos, mas pelo fato de trazerem em si as marcas do deslocamento, fragmentação e perda que caracterizam a ideia do contemporâneo segundo Giorgio Agamben. Gandolfi escreve a partir de um processo de composição em que cenas narrativas se imobilizam e se dissolvem, para então se transformarem em poesia. O poeta também dá sinais de aproximar o gesto da escrita de um ato criminoso, ao compor um universo poético povoado por assassinos, vítimas, investigadores e espiões. A proposta deste artigo é mergulhar nessa escritura de transgressão e dissolução tendo como disparador o poema “Nosso tempo”, de Carlos Drummond de Andrade. A ideia é buscar, a partir da colisão desses textos, a compreensão das formas segundo as quais o contemporâneo se escreve e é escrito na poesia de Leonardo Gandolfi.https://periodicos.ufsc.br/index.php/nelic/article/view/30185Poesia brasileiraTempo presenteContemporâneo |
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No livro de poemas A morte de Tony Bennett, de Leonardo Gandolfi, é possível reconhecer os traços de uma escritura do contemporâneo. Não apenas por se tratarem de poemas escritos e publicados nos últimos anos, mas pelo fato de trazerem em si as marcas do deslocamento, fragmentação e perda que caracterizam a ideia do contemporâneo segundo Giorgio Agamben. Gandolfi escreve a partir de um processo de composição em que cenas narrativas se imobilizam e se dissolvem, para então se transformarem em poesia. O poeta também dá sinais de aproximar o gesto da escrita de um ato criminoso, ao compor um universo poético povoado por assassinos, vítimas, investigadores e espiões. A proposta deste artigo é mergulhar nessa escritura de transgressão e dissolução tendo como disparador o poema “Nosso tempo”, de Carlos Drummond de Andrade. A ideia é buscar, a partir da colisão desses textos, a compreensão das formas segundo as quais o contemporâneo se escreve e é escrito na poesia de Leonardo Gandolfi. |
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