Summary: | O presente artigo teve por objetivo analisar o processo de desenvolvimento da atividade mineral em Corumbá, utilizando a categoria da formação socioespacial e a Teoria dos Ciclos Juglarianos, como forma de estabelecer uma periodização. O município está entre os maiores produtores de minério de ferro do país e um dos produtores de manganês. A competitividade da atividade de mineração requer formas mais rápidas e eficazes no deslocamento no espaço. A infraestrutura regional tem representado nós de estrangulamento da atividade. Quanto ao transporte hidroviário as dificuldades de navegabilidade estão relacionadas ao período de seca e alguns trechos da hidrovia não comportam o tamanho das embarcações. O transporte ferroviário representa um obstáculo a mineração devido as condições operacionais da via férrea. A alternativa energética em torno do gás natural boliviano não se consolidou devido à instabilidades políticas e econômicas da Bolívia. Em Corumbá está localizada a Vale, que desde 2009, ao adquirir a Mineração Corumbaense Reunidas da Rio Tinto, monopoliza a produção e impõe sua estratégica de mercado no município, de não agregar valor ao minério de ferro, representando um adiamento na viabilização do pólo siderúrgico.
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