Retardo do crescimento e condições sociais em escolares de Osasco, São Paulo, Brasil

Este trabalho teve por objetivo identificar a associação existente entre classe social e retardo do crescimento físico, ocorrido nos primeiros anos de vida. Com base em um censo de estatura, envolvendo alunos ingressantes em todas as escolas (públicas e particulares) do Município de Osasco, região m...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Lei Doris Lucia Martini, Freitas Isabel Cristina de, Chaves Sandra Pinheiro, Lerner Barbara Regina, Stefanini Maria Lucia Rosa
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 1997-01-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1997000200017
Description
Summary:Este trabalho teve por objetivo identificar a associação existente entre classe social e retardo do crescimento físico, ocorrido nos primeiros anos de vida. Com base em um censo de estatura, envolvendo alunos ingressantes em todas as escolas (públicas e particulares) do Município de Osasco, região metropolitana de São Paulo, Brasil, realizado no início do ano letivo de 1989, foram selecionados casos e controles para a investigação retrospectiva dos determinantes sociais do retardo do crescimento. Os casos, totalizando 125 ingressantes de sete a oito anos de idade, foram caracterizados pelo índice altura/idade inferior a -2 escores Z da população de referência do NHCS/OMS. Os controles, totalizando 139 ingressantes da mesma idade, foram caracterizados pelo índice altura/idade superior a -1 escore Z. Escolaridade do chefe da casa e da mãe, renda familiar per capita, condições de habitação e saneamento, ou seja, variáveis que devem mediar a relação entre classe social e déficit de estatura, foram fatores que se associaram significativamente com o risco de retardo do cresimento. Quanto à inserção da família no processo social de produção, avaliada através da classe social do chefe, as crianças do subproletariado apresentaram uma chance sete vezes maior de retardo do crescimento quando comparadas com as dos grupos da pequena burguesia, refletindo os efeitos biológicos da recessão econômica dos anos 80.
ISSN:0102-311X
1678-4464