Diadorim, delicado e terrível

<p>Apartir de um trabalho de pesquisa no sertão de Minas Gerais e no livro Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, demonstro que a palavra “vereda” designa não apenas caminho da estrada ou da água, mas é, também, ausência de caminho ou um falso caminho, de aparência enganosa. Essa ambi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ana Luiza Martins Costa
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 2002-03-01
Series:Scripta
Subjects:
Online Access:http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/12382
Description
Summary:<p>Apartir de um trabalho de pesquisa no sertão de Minas Gerais e no livro Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, demonstro que a palavra “vereda” designa não apenas caminho da estrada ou da água, mas é, também, ausência de caminho ou um falso caminho, de aparência enganosa. Essa ambigüidade, presente no título do romance e em todas as suas páginas, é analisada através de Diadorim, tal como evocado por Riobaldo em sua narrativa: um ser ambíguo, estranho e movediço, delicado e terrível, masculino e feminino, que encanta e repulsa. Se Diadorim possui traços femininos, no entanto, também reúne em si as qualidades masculinas mais valorizadas no universo guerreiro dos jagunços: a coragem extrema, o vigor e ferocidade na luta, características<br />que o colocam lado a lado com os heróis homéricos.</p><p><br /><br /></p>
ISSN:1516-4039
2358-3428