Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude

O objetivo central do presente estudo é mapear e problematizar discursos e representações recorrentes acerca da diferença racial e da branquitude em entrevistas narrativas com professores da educação básica, a partir das provocações de dois curtas metragens: Cores e botas (Vicente, 2010) e Pode me c...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria Angélica Zubaran, Joice Mari Ferreira da Cruz
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Maringá 2019-11-01
Series:Acta Scientiarum : Education
Subjects:
Online Access:http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/41846
id doaj-4680d4e7f58642b8ac8fd750f0cc6c46
record_format Article
spelling doaj-4680d4e7f58642b8ac8fd750f0cc6c462021-05-02T17:17:39ZengUniversidade Estadual de MaringáActa Scientiarum : Education2178-51982178-52012019-11-0142e41846e4184610.4025/actascieduc.v42i1.4184641846Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitudeMaria Angélica Zubaran0Joice Mari Ferreira da Cruz1Universidade Luterana do Brasil Universidade Luterana do Brasil Av. Farroupilha, 8001 - São José, Canoas - RS, 92425-900O objetivo central do presente estudo é mapear e problematizar discursos e representações recorrentes acerca da diferença racial e da branquitude em entrevistas narrativas com professores da educação básica, a partir das provocações de dois curtas metragens: Cores e botas (Vicente, 2010) e Pode me chamar de Nadí (Cardoso, 2009), disponíveis no canal Youtube. Destaca-se a importância do uso de filmes no trato das questões raciais, a partir dos enfoques de Duarte (2000, 2002), Fabrís (2005, 2008), Fischer e Marcello (2011) e Militão (2013). As análises são realizadas na perspectiva teórica dos Estudos Culturais em Educação, a partir dos conceitos de representação e identidade, em autores como Hall (2011, 2016) e Silva (2000, 2010) e do conceito de branquitude, em autores como Piza (2000), Sovik (2009), Cardoso (2014) e Schucman (2014). Entre os resultados da análise, destaca-se que as representações mais recorrentes produzidas e disseminadas nas narrativas fílmicas e problematizadas nas entrevistas narrativas de docentes, foram representações racializadas marcadas pelos discursos da democracia racial e da mestiçagem e mediadas pelas noções de branquitude. Salienta-se ainda, que as narrativas fílmicas contribuem para tencionar e contestar representações racializadas e privilégios da branquitude no âmbito da educação básica e para problematizar padrões estéticos eurocêntricos, vinculados particularmente ao cabelo, como símbolo de identidade étnico-racial.http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/41846representações racializadas; identidade branca; professores.
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Maria Angélica Zubaran
Joice Mari Ferreira da Cruz
spellingShingle Maria Angélica Zubaran
Joice Mari Ferreira da Cruz
Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude
Acta Scientiarum : Education
representações racializadas; identidade branca; professores.
author_facet Maria Angélica Zubaran
Joice Mari Ferreira da Cruz
author_sort Maria Angélica Zubaran
title Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude
title_short Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude
title_full Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude
title_fullStr Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude
title_full_unstemmed Curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude
title_sort curtas metragens e narrativas docentes: problematizando diferença racial e branquitude
publisher Universidade Estadual de Maringá
series Acta Scientiarum : Education
issn 2178-5198
2178-5201
publishDate 2019-11-01
description O objetivo central do presente estudo é mapear e problematizar discursos e representações recorrentes acerca da diferença racial e da branquitude em entrevistas narrativas com professores da educação básica, a partir das provocações de dois curtas metragens: Cores e botas (Vicente, 2010) e Pode me chamar de Nadí (Cardoso, 2009), disponíveis no canal Youtube. Destaca-se a importância do uso de filmes no trato das questões raciais, a partir dos enfoques de Duarte (2000, 2002), Fabrís (2005, 2008), Fischer e Marcello (2011) e Militão (2013). As análises são realizadas na perspectiva teórica dos Estudos Culturais em Educação, a partir dos conceitos de representação e identidade, em autores como Hall (2011, 2016) e Silva (2000, 2010) e do conceito de branquitude, em autores como Piza (2000), Sovik (2009), Cardoso (2014) e Schucman (2014). Entre os resultados da análise, destaca-se que as representações mais recorrentes produzidas e disseminadas nas narrativas fílmicas e problematizadas nas entrevistas narrativas de docentes, foram representações racializadas marcadas pelos discursos da democracia racial e da mestiçagem e mediadas pelas noções de branquitude. Salienta-se ainda, que as narrativas fílmicas contribuem para tencionar e contestar representações racializadas e privilégios da branquitude no âmbito da educação básica e para problematizar padrões estéticos eurocêntricos, vinculados particularmente ao cabelo, como símbolo de identidade étnico-racial.
topic representações racializadas; identidade branca; professores.
url http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/41846
work_keys_str_mv AT mariaangelicazubaran curtasmetragensenarrativasdocentesproblematizandodiferencaracialebranquitude
AT joicemariferreiradacruz curtasmetragensenarrativasdocentesproblematizandodiferencaracialebranquitude
_version_ 1721489572114726912