“Exame bento” ou “foto do bebê”? Biomedicalização e estratificação nos usos do ultrassom obstétrico no Rio de Janeiro

Resumo A partir de etnografias realizadas em serviços públicos e privados do Rio de Janeiro, sustentamos que a difusão do fenômeno de (bio)medicalização varia de acordo com o estrato social das gestantes, produzindo corpos fetais e gestantes, assim como processos gestacionais, totalmente diversos, d...

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Bibliographic Details
Main Authors: Lilian Krakowski Chazan, Livi F.T. Faro
Format: Article
Language:English
Published: Fundação Oswaldo Cruz, Casa de Oswaldo Cruz
Series:História, Ciências, Saúde: Manguinhos
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702016000100057&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo A partir de etnografias realizadas em serviços públicos e privados do Rio de Janeiro, sustentamos que a difusão do fenômeno de (bio)medicalização varia de acordo com o estrato social das gestantes, produzindo corpos fetais e gestantes, assim como processos gestacionais, totalmente diversos, dependendo da camada social das mulheres atendidas. Tomando a premissa fundamental de que a biomedicalização consiste em uma transformação no processo de medicalização pela incorporação crescente da tecnociência à biomedicina, o universo observado evidencia diferentes estágios dessa transformação, acompanhando, de modo consistente, a estratificação social das grávidas submetidas ao exame de ultrassom.
ISSN:1678-4758