José de Alencar e a operação historiográfica: fronteiras e disputas entre história e literatura
Com base nas interrogações de Michel de Certeau sobre a “operação historiográfica”, este artigo examina os modos pelos quais José de Alencar procurou dar legitimidade ao seu modo de fazer do passado um objeto de conhecimento. Compreende-se, desse modo, que os romancistas assumiram, também, a tarefa...
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Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
2015-09-01
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doaj-45864fbda5a24a1f9e65ba1c3f4396192020-11-25T03:10:34ZengUniversidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)História da Historiografia1983-99282015-09-0181810.15848/hh.v0i18.815413José de Alencar e a operação historiográfica: fronteiras e disputas entre história e literaturaFrancisco Régis Lopes Ramos0professor do Departamento de História da Universidade Federal do CearáCom base nas interrogações de Michel de Certeau sobre a “operação historiográfica”, este artigo examina os modos pelos quais José de Alencar procurou dar legitimidade ao seu modo de fazer do passado um objeto de conhecimento. Compreende-se, desse modo, que os romancistas assumiram, também, a tarefa de compreender o passado. E, além disso, ou subjacente a isso, passaram a rivalizar com a suposta circunscrição que os historiadores foram estabelecendo. Pretende-se abordar como a escrita de José de Alencar faz parte dessas tensões que ganharam mais força a partir do século XIX, transformando a história no “outro” da literatura, e a literatura no “outro” da história. Serão analisados certos confrontos entre história e literatura, levando-se em consideração que as lutas pelas fronteiras entre ambas fazem parte da própria legitimidade que a escrita da história vai constituindo para si mesma. Serão feitas algumas comparações entre a escrita de José de Alencar e a de outros romancistas, no sentido de mapear disputas e na perspectiva de perceber como a literatura foi se afirmando como o “outro” da “escrita da história”.https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/815HistóriaLiteraturaNarrativas |
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Com base nas interrogações de Michel de Certeau sobre a “operação historiográfica”, este artigo examina os modos pelos quais José de Alencar procurou dar legitimidade ao seu modo de fazer do passado um objeto de conhecimento. Compreende-se, desse modo, que os romancistas assumiram, também, a tarefa de compreender o passado. E, além disso, ou subjacente a isso, passaram a rivalizar com a suposta circunscrição que os historiadores foram estabelecendo. Pretende-se abordar como a escrita de José de Alencar faz parte dessas tensões que ganharam mais força a partir do século XIX, transformando a história no “outro” da literatura, e a literatura no “outro” da história. Serão analisados certos confrontos entre história e literatura, levando-se em consideração que as lutas pelas fronteiras entre ambas fazem parte da própria legitimidade que a escrita da história vai constituindo para si mesma. Serão feitas algumas comparações entre a escrita de José de Alencar e a de outros romancistas, no sentido de mapear disputas e na perspectiva de perceber como a literatura foi se afirmando como o “outro” da “escrita da história”. |
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