Avaliação do impacto do tempo de espera para admissão em Unidade de Terapia Intensiva no desfecho clínico do paciente crítico

Este estudo tem por base a premissa de que com um maior número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis o tempo de espera para admissão em UTI é menor, o que resulta no melhor desfecho clínico, justificando, portanto, a importância do presente estudo. Objetivo: Avaliar se o tempo...

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Bibliographic Details
Main Authors: Deorgelis Rosso, Glauco Adrieno Westphal, Larissa Fabre, Maria Luiza Floriano, Mariana Laís Mendes, Morgana Longo, Patricia Tessari
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2021-06-01
Series:Medicina
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/169399
Description
Summary:Este estudo tem por base a premissa de que com um maior número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis o tempo de espera para admissão em UTI é menor, o que resulta no melhor desfecho clínico, justificando, portanto, a importância do presente estudo. Objetivo: Avaliar se o tempo de espera no Departamento de Emergência até a admissão em UTI tem influência no desfecho clínico do paciente crítico. Metodologia: Estudo observacional, retrospectivo, do tipo antes e depois, realizado em um hospital público do município de Joinville/SC no ano de 2019. Foram incluídos os dados referentes aos pacientes adultos admitidos na UTI com até 72 horas de espera no Departamento de Emergência desde a chegada ao hospital. Comparou-se o último trimestre de 2017 (fase 1), período durante o qual havia 14 leitos de UTI no hospital, e último trimestre de 2018 (fase 2), período durante o qual havia 30 leitos de UTI. Resultados: Analisaram-se 173 prontuários elegíveis de 2017 e 2018. Houve diferença estatisticamente significativa no tempo decorrido na emergência até a admissão em UTI entre 2017 e 2018 (mediana de 22 vs. 15; p=0,0002). A diferença estatística também foi relevante para a mortalidade em até 24 horas após a admissão em UTI, comparando-se os dois anos em questão (9,61% vs. 2,47%; p=0,04). Não houve diferença estatística significante na mortalidade hospitalar entre 2017 e 2018 (34,6% vs. 35,5%; p=0,57). Também não houve diferença estatisticamente relevante entre os demais parâmetros analisados.  Conclusão: Comparando-se 2017 a 2018, percebeu-se que o tempo de espera pelo leito de UTI diminuiu, bem como a mortalidade em até 24h da admissão intensiva. No entanto, isto não se refletiu na mortalidade hospitalar. 
ISSN:0076-6046
2176-7262