As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo
Este texto pretende transmitir a quem lida no quotidiano com a criança que a leitura pode ser preparada desde muito cedo tendo em consideração contudo a criança num todo. Para se tornar um leitor, a criança vai necessitar, como é natural, de passar por uma etapa em que lhe é exigido que saiba domina...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Spanish |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
2010-01-01
|
Series: | Letras de Hoje |
Subjects: | |
Online Access: | http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/8116/5805 |
id |
doaj-43c9a344c049496ebb70a4d957f51dad |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-43c9a344c049496ebb70a4d957f51dad2021-03-08T23:06:10ZspaPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do SulLetras de Hoje0101-33352010-01-014532634000428629As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogoPinto, Maria da Graça CastroEste texto pretende transmitir a quem lida no quotidiano com a criança que a leitura pode ser preparada desde muito cedo tendo em consideração contudo a criança num todo. Para se tornar um leitor, a criança vai necessitar, como é natural, de passar por uma etapa em que lhe é exigido que saiba dominar tanto o mecanismo que lhe permite conhecer e reconhecer letras, conhecer e reconhecer palavras, como o processamento fonológico. No entanto, esta abordagem mais de ordem académica, mais baseada na ciência, não se revela suficiente se a acepção da leitura que se quiser ver realçada não se se circunscrever somente à decifração, mas abranger também e sobretudo a compreensão. Em meu entender, a leitura deve ser sobretudo compreensão, muito embora precise de passar pela fase da decifração, que terá de ser dominada rapidamente de forma a vir a tornar-se um procedimento automático que deixe a memória da criança liberta para captar com rapidez o sentido do que lê, sem interrupções motivadas por uma decifração morosa. Em vista disto, advoga-se que a criança seja familiarizada com a leitura, tendo presente os benefícios provenientes da literacia emergente, por meio da conjugação de políticas educativas (académica e baseada no jogo). Não se tem então unicamente em conta o lado intelectual da criança; consideram-se igualmente outras habilidades cognitivas, para lá daquilo que o jogo simbólico/sociodramático pode ainda trazer em termos emocionais e sociais. Relativamente às práticas de leitura, defende-se a leitura indirecta e revela-se o que esta pode representar numa perspectiva multicognitiva e no desenvolvimento da linguagem, contribuindo dessa forma para um sucesso cada vez mais acentuado da leiturahttp://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/8116/5805linguagem - desenvolvimentoleitura - aprendizagempolítica educacional |
collection |
DOAJ |
language |
Spanish |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Pinto, Maria da Graça Castro |
spellingShingle |
Pinto, Maria da Graça Castro As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo Letras de Hoje linguagem - desenvolvimento leitura - aprendizagem política educacional |
author_facet |
Pinto, Maria da Graça Castro |
author_sort |
Pinto, Maria da Graça Castro |
title |
As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo |
title_short |
As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo |
title_full |
As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo |
title_fullStr |
As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo |
title_full_unstemmed |
As bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo |
title_sort |
as bases da leitura: entre a “ciência” da literacia precoce e a “ciência” do jogo |
publisher |
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
series |
Letras de Hoje |
issn |
0101-3335 |
publishDate |
2010-01-01 |
description |
Este texto pretende transmitir a quem lida no quotidiano com a criança que a leitura pode ser preparada desde muito cedo tendo em consideração contudo a criança num todo. Para se tornar um leitor, a criança vai necessitar, como é natural, de passar por uma etapa em que lhe é exigido que saiba dominar tanto o mecanismo que lhe permite conhecer e reconhecer letras, conhecer e reconhecer palavras, como o processamento fonológico. No entanto, esta abordagem mais de ordem académica, mais baseada na ciência, não se revela suficiente se a acepção da leitura que se quiser ver realçada não se se circunscrever somente à decifração, mas abranger também e sobretudo a compreensão. Em meu entender, a leitura deve ser sobretudo compreensão, muito embora precise de passar pela fase da decifração, que terá de ser dominada rapidamente de forma a vir a tornar-se um procedimento automático que deixe a memória da criança liberta para captar com rapidez o sentido do que lê, sem interrupções motivadas por uma decifração morosa. Em vista disto, advoga-se que a criança seja familiarizada com a leitura, tendo presente os benefícios provenientes da literacia emergente, por meio da conjugação de políticas educativas (académica e baseada no jogo). Não se tem então unicamente em conta o lado intelectual da criança; consideram-se igualmente outras habilidades cognitivas, para lá daquilo que o jogo simbólico/sociodramático pode ainda trazer em termos emocionais e sociais. Relativamente às práticas de leitura, defende-se a leitura indirecta e revela-se o que esta pode representar numa perspectiva multicognitiva e no desenvolvimento da linguagem, contribuindo dessa forma para um sucesso cada vez mais acentuado da leitura |
topic |
linguagem - desenvolvimento leitura - aprendizagem política educacional |
url |
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/viewFile/8116/5805 |
work_keys_str_mv |
AT pintomariadagracacastro asbasesdaleituraentreacienciadaliteraciaprecoceeacienciadojogo |
_version_ |
1714794954566402048 |