Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs

A antropologia dos mercados informais sempre enfrentou com alguma dificuldade o problema básico de propor definições acerca do que seja o informal. Economistas e sociólogos propuseram conceituações por demais generalizantes, atrelando-as à economia formal; antropólogos esbarram em concepções excessi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Moisés Kopper
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo (USP) 2015-12-01
Series:Revista de Antropologia
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/108573
id doaj-43631f3da5004a3aafbe3ae32d5893bd
record_format Article
spelling doaj-43631f3da5004a3aafbe3ae32d5893bd2020-11-25T03:33:04ZporUniversidade de São Paulo (USP)Revista de Antropologia0034-77011678-98572015-12-0158210.11606/2179-0892.ra.2015.108573Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôsMoisés Kopper0Universidade Federal do Rio Grande do SulA antropologia dos mercados informais sempre enfrentou com alguma dificuldade o problema básico de propor definições acerca do que seja o informal. Economistas e sociólogos propuseram conceituações por demais generalizantes, atrelando-as à economia formal; antropólogos esbarram em concepções excessivamente particularizantes, muitas vezes negando a capacidade heurística da noção. Esse artigo sugere uma terceira via para o problema, explorando as políticas econômicas de produção do valor de sujeitos, objetos e lugares, uns em relação de mútua definição com os outros. O enfoque recai sobre as disputas de sentido a partir de onde certos discursos sobre a informalidade – imaginados, móveis e incompletos – são materializados e performatizados. Etnograficamente, parte, de um lado, da transição do mercado de rua para um shopping popular, em Porto Alegre/RS; de outro, dos debates públicos entre jornalistas, empresários e mercadores acerca da expansão da feira informal “La Salada”, considerada a maior do mundo, em Buenos Aires.http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/108573InformalidadeformalizaçãovaloretnografiacamelódromoLa Salada
collection DOAJ
language Portuguese
format Article
sources DOAJ
author Moisés Kopper
spellingShingle Moisés Kopper
Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
Revista de Antropologia
Informalidade
formalização
valor
etnografia
camelódromo
La Salada
author_facet Moisés Kopper
author_sort Moisés Kopper
title Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
title_short Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
title_full Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
title_fullStr Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
title_full_unstemmed Dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre Porto Alegre e Buenos Aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
title_sort dos mercados informais às políticas não hegemônicas de valor: olhares cruzados entre porto alegre e buenos aires na produção de objetos e sujeitos camelôs
publisher Universidade de São Paulo (USP)
series Revista de Antropologia
issn 0034-7701
1678-9857
publishDate 2015-12-01
description A antropologia dos mercados informais sempre enfrentou com alguma dificuldade o problema básico de propor definições acerca do que seja o informal. Economistas e sociólogos propuseram conceituações por demais generalizantes, atrelando-as à economia formal; antropólogos esbarram em concepções excessivamente particularizantes, muitas vezes negando a capacidade heurística da noção. Esse artigo sugere uma terceira via para o problema, explorando as políticas econômicas de produção do valor de sujeitos, objetos e lugares, uns em relação de mútua definição com os outros. O enfoque recai sobre as disputas de sentido a partir de onde certos discursos sobre a informalidade – imaginados, móveis e incompletos – são materializados e performatizados. Etnograficamente, parte, de um lado, da transição do mercado de rua para um shopping popular, em Porto Alegre/RS; de outro, dos debates públicos entre jornalistas, empresários e mercadores acerca da expansão da feira informal “La Salada”, considerada a maior do mundo, em Buenos Aires.
topic Informalidade
formalização
valor
etnografia
camelódromo
La Salada
url http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/108573
work_keys_str_mv AT moiseskopper dosmercadosinformaisaspoliticasnaohegemonicasdevalorolharescruzadosentreportoalegreebuenosairesnaproducaodeobjetosesujeitoscamelos
_version_ 1724564880060579840