Summary: | As teorias que regem o fantástico são objetos de estudo desde o século XX, muito já se estudou e muito já se disse, porém algo que inquieta a mente e o espírito do ser humano é a busca pela resposta que alivie a sua existência, diante das incertezas materiais e espirituais, ou seja, buscar o real pelo sobrenatural. É muito difícil marcar com exatidão o início do contar estórias, por isso, o mais adequado é permanecer com a hipótese que nos remete a tempos muito antigos, que ainda não são conhecidos pela tradição escrita. Alguns estudiosos, como o grande escritor argentino Jorge Luís Borges, são precisos em afirmar que a forma mais antiga de se narrar histórias é a fantástica, gênero o qual o fez ser conhecido no mundo das letras e pelo qual ele nutre grande apego. Borges afirma: “que os romances realistas começaram a ser produzidos no fim do século XVIII, início do século XIX, enquanto toda a forma de contar seja ela oral ou escrita, começaram com a narrativa fantástica”. O presente artigo tem por objetivo fazer um passeio sobre a história da narrativa fantástica até o século XVIII, mostrando que esse gênero literário não se prende a uma definição categórica, mas, sim, que ele vem atravessando os séculos e tomando as mais variadas formas, ou seja, por ser a subversão do racional e por a razão passar por reajustes conceituais, o fantástico passa por diferentes situações. Situações que misturam a razão, o real, a fé e o sobrenatural, questões que mexem com os dramas dos indivíduos.
Palavras-chave: Literatura fantástica. Literatura do medo. Literatura gótica.
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