Summary: | Resumo Os museus antropológicos exercem relevante papel na preservação dos patrimônios materiais. Antropólogos, entre outros, contribuem para o colecionamento, documentação, pesquisa e curadoria de exposições sobre diferentes povos e culturas. Nas últimas décadas, cunhou-se a expressão “museologia colaborativa” para expressar uma ação de inclusão e diálogo com remanescentes de povos cujos objetos foram musealizados. Reconfigurando práticas nos museus, tais ações impactaram particularmente as relações entre antropólogos e povos indígenas. Essas experiências dialógicas, em contextos nacionais e internacionais, envolvem antropólogos, profissionais de museus, povos indígenas, museus e coleções. São diferentes processos que apontam para um exercício colaborativo e simétrico entre aqueles que estudam e representam as diferentes culturas e aqueles que as vivenciam cotidianamente. Analisando a literatura sobre o tema, este artigo dialoga com experiências de campo, trazendo dados sobre a “museologia colaborativa” no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC, em Florianópolis, e no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.
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