Precarização e individualização: em que sociedade vivemos?: reflexões sobre a validade empírica do "discurso sobre a segunda modernidade"
Fundamentalmente é possível identificar, na discussão sobre os contornos e as conseqüências das dinâmicas do desenvolvimento social, dois diagnósticos sobre a desigualdade social. De um lado se observa uma desestruturação da desigualdade social, por outro, e em contradição a ela, uma crescente polar...
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Format: | Article |
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Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS)
2007-01-01
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Series: | Civitas - Revista de Ciências Sociais |
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doaj-42f54011c3224579a87885d73d987c922021-03-08T23:05:54ZporPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS)Civitas - Revista de Ciências Sociais1984-72892007-01-0172129151000401725Precarização e individualização: em que sociedade vivemos?: reflexões sobre a validade empírica do "discurso sobre a segunda modernidade"Thole, WernerAhmed, SarinaHöblich, DavinaFundamentalmente é possível identificar, na discussão sobre os contornos e as conseqüências das dinâmicas do desenvolvimento social, dois diagnósticos sobre a desigualdade social. De um lado se observa uma desestruturação da desigualdade social, por outro, e em contradição a ela, uma crescente polarização da sociedade. Mediante o recurso a estudos recentes o presente artigo pergunta criticamente pela estrutura social da República Federal da Alemanha e por indicadores de uma mudança na estrutura da desigualdade social. Constatações empíricas sobre orientações sócio-culturais, aspirações de formação, modos de comportamento no tempo livre e preferências no estilo de vida são reunidas e discutidas em relação a sua dependência da origem social e em relação a constância e mobilidade sociais. Estes estudos revelam que, se bem é verdade que tenha havido tendências de desestruturação e de mobilidade social, elas não foram claras e generalizadas; por outro lado, tampouco são claras e generalizadas as tendências a uma reprodução das estruturas de desigualdade específicas de classe. A análise da relação entre situação de classe, bemestar social e condições de vida nas áreas satisfação com a vida, qualidade da moradia e dificuldades financeiras apoiam a tese da teoria da modernização sobre o aumento de riscos e situações de dificuldades independentemente da classe. Contudo, os estudos mostram também que são sempre e sobretudo as camadas pobres em recursos econômicos e sócio-culturais as que pouco participam das opções sociais de mobilidade. A recomendação formulada com base nestes resultados é um voto em favor do abandono dos enfoques monocausais e unidimensionais nas interpretações e na ênfase de relações causaishttp://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/viewFile/3528/2758mobilidade socialestrutura socialdesigualdade social |
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Fundamentalmente é possível identificar, na discussão sobre os contornos e as conseqüências das dinâmicas do desenvolvimento social, dois diagnósticos sobre a desigualdade social. De um lado se observa uma desestruturação da desigualdade social, por outro, e em contradição a ela, uma crescente polarização da sociedade. Mediante o recurso a estudos recentes o presente artigo pergunta criticamente pela estrutura social da República Federal da Alemanha e por indicadores de uma mudança na estrutura da desigualdade social. Constatações empíricas sobre orientações sócio-culturais, aspirações de formação, modos de comportamento no tempo livre e preferências no estilo de vida são reunidas e discutidas em relação a sua dependência da origem social e em relação a constância e mobilidade sociais. Estes estudos revelam que, se bem é verdade que tenha havido tendências de desestruturação e de mobilidade social, elas não foram claras e generalizadas; por outro lado, tampouco são claras e generalizadas as tendências a uma reprodução das estruturas de desigualdade específicas de classe. A análise da relação entre situação de classe, bemestar social e condições de vida nas áreas satisfação com a vida, qualidade da moradia e dificuldades financeiras apoiam a tese da teoria da modernização sobre o aumento de riscos e situações de dificuldades independentemente da classe. Contudo, os estudos mostram também que são sempre e sobretudo as camadas pobres em recursos econômicos e sócio-culturais as que pouco participam das opções sociais de mobilidade. A recomendação formulada com base nestes resultados é um voto em favor do abandono dos enfoques monocausais e unidimensionais nas interpretações e na ênfase de relações causais |
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