Demonstrações Contábeis sem Efeitos Inflacionários: Uma Abordagem Relativa às Empresas Distribuidoras de Energia Elétrica

O fim da obrigatoriedade da correção monetária das demonstrações contábeis brasileiras, desde 1996, fez com que as empresas deixassem de reconhecer os efeitos da inflação. De acordo com o IPCA, índice que reflete a oficial inflação brasileira, a inflação acumulada de janeiro de 1996 a dezembro de 20...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Sheila de Melo, Eliseu Martins, Cristiane Nagai, Juliana Ventura Amaral, Bruno Meirelles Salotti
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade de Brasília 2012-09-01
Series:Contabilidade, Gestão e Governança
Online Access:https://cgg-amg.unb.br/index.php/contabil/article/view/402
Description
Summary:O fim da obrigatoriedade da correção monetária das demonstrações contábeis brasileiras, desde 1996, fez com que as empresas deixassem de reconhecer os efeitos da inflação. De acordo com o IPCA, índice que reflete a oficial inflação brasileira, a inflação acumulada de janeiro de 1996 a dezembro de 2009 ultrapassou 140%. O setor de energia elétrica, no que tange à distribuição, interessantemente, não fazia uso dos valores a custo histórico do ativo imobilizado de suas demonstrações contábeis para determinação das tarifas, mas, sim, dos valores de mercado. Nesse sentido, o presente estudo buscou investigar o efeito do não reconhecimento da inflação nas empresas de distribuição do setor de energia elétrica, não só no ativo imobilizado, como também no patrimônio líquido, no resultado do exercício e no ROE (Return on Equity). Foi evidenciada a magnitude percentual das diferenças em 2009 e verificado, mediante testes estatísticos, que os valores históricos e nominais são significativamente diferentes dos valores corrigidos. Com as constatações do estudo, pode-se ressaltar que as demonstrações contábeis das empresas de distribuição de energia elétrica expressas sem correção monetária exibiram valores incompletos e distorcidos e apontar um dos prováveis motivos pelo qual os valores históricos dos ativos imobilizados não eram considerados para determinar as tarifas.
ISSN:1984-3925
1984-3925